Juiz diz que ‘não é concebível’ que pedras da Xland valham R$ 2 bilhões e rejeita pedido de Willian Bigode

Jogador se envolveu em golpe financeiro contra ex-companheiros de Palmeiras e vive processo judicial<br>

Bigode, Sacrpa e Mayke
William Bigode teve R$ 1,7 milhão apreendido pela Justiça de São Paulo (Foto: Reprodução)

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Após decisão proferida na última sexta-feira, o juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível de São Paulo, rejeitou a solicitação da defesa de Willian Bigode para desbloquear as contas do jogador. A informação é da "ESPN".

Atualmente no Athletico-PR, Willian teve seus bens bloqueados em 12 de abril pela Justiça, além disso as contas bancárias do jogador tiveram quase R$ 2 milhões arrestados.

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A defesa de Willian, então, solicitou o desbloqueio dos bens, alegando que a Xland, empresa acusada de aplicar o golpe de criptomoedas em Gustavo Scarpa e no lateral-direito Mayke, ex-companheiros de Palmeiras, teria garantias suficientes para restituir o dinheiro perdido pelos jogadores no esquema.

Esta garantia seria um malote de 20,8 kg de pedras preciosas que estão armazenadas em um cofre em São Paulo. Segundo uma avaliação feita por um gemólogo a pedido da Xland, elas estão avaliadas em US$ 500 milhões (quase R$ 2,5 bilhões, na cotação atual), apesar da empresa de criptomoedas apenas ter pago R$ 6 mil.

JUIZ DO CASO REJEITA PEDIDO 

Christopher Alexander Roisin, juiz do caso, afirmou em sua decisão que "não é concebível" que as pedras, que são alexandritas compradas em Minas Gerais, tenham esse valor e questionou a avaliação.

- Indefiro o pedido de desbloqueio formulado. A argumentação da existência de garantia milionária impressiona, mas a análise detida sobre ela revela dúvidas igualmente impressionantes sobre sua realidade -  escreveu o magistrado.

- Isso porque é exatamente a empresa que aparentemente cometeu um crime, que atestou de um dia para o outro, literalmente, que pedras adquiridas por R$ 6.000,00 valeriam US$ 500.000.000,00. Não é concebível, sem um crime (ato ilícito) ou sem vício do consentimento (ato inválido), a aquisição de pedras que teoricamente valeriam US$ 500.000.000,00 pelo valor de R$ 6.000,00 - complementou.

O magistrado ainda salientou que, no acordo entre as partes, existe somente uma declaração de que as pedras servem de lastro para as operações da Xland.

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