Ao L!, Cauê Silva fala sobre diferença entre o futebol brasileiro e o europeu: ‘Na Europa tem projeto’

Meia do Belenenses (POR) foi o convidado do 'De Casa com o L!' desta quarta-feira

Cauê Silva - Belenenses SAD
Cauê Silva assinou com o Belenenses para a disputa da Liga Nos 2020-21 (Foto: Divulgação / Belenenses SAD)

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Cauê Silva não é um nome muito conhecido no futebol brasileiro, mas o roteiro é o de muitos jovens jogadores. Há 10 anos na Europa, o meia foi mais um atleta que deixou cedo o Brasil para trilhar sua trajetória no futebol estrangeiro, especialmente no europeu e no asiático.

Convidado do 'De Casa com o LANCE!' desta quarta-feira, o novo reforço do Belenenses, que foi revelado pelo Santo André, explicou o motivo de muitos jovens jogadores optarem deixar o país cedo. Segundo ele, a falta de estrutura, especialmente nos clubes do interior, é um fator determinante para isso.

- O Brasil tem muita qualidade e tem muito jogador. Na minha opinião, por ter tantos jogadores, nem todo mundo tem a mesma oportunidade. Em questões estruturais dentro da base, na minha época a gente tinha o Rio Branco, Ferroviária, São Caetano, São Bernardo e esses times de interior tinha uma molecada muito boa. Eu sou de uma geração nova, mas pega essa geração de quem hoje tem 50 anos, os times de interior eram tops. Na minha geração, a estrutura já não dava (suporte), eles estavam focados em outras coisas. E aí quando você tem a oportunidade de ir embora, você vai. - afirmou. 

Cauê também falou sobre a falta de oportunidades que jogadores sofrem no pais. Segundo o meia de 31 anos, a famigerada 'cultura do imediatismo', que cobra resultados a todo momento, acaba queimando a chance de atletas no país. 

- Eu vi uma entrevista do Andrés Sanchez que ele fala sobre imediatismo. No Brasil está muito assim, cara. Você vem para a Europa e eles têm um plano, um trajeto. Aqui você joga um ano, e não joga um estadual, joga três bons jogos mas meu time perde e eu não jogo mais. Foi mais ou menos o que aconteceu comigo. A maioria dos meus amigos eram assim. O Juninho Caiçara, que hoje foi campeão turco, era assim também. Baita de um jogador, mas ele teve que dar a volta ao mundo, como eu dei, para poder vencer na vida. - revelou Cauê, que completou:

- Aqui na Europa você assina contrato e cumpre um ano. (...) Agora se você chega no Corinthians, joga mal três jogos, você não presta (risos). Por isso que a galera quando tem proposta de um clube com estrutura eles preferem ir. Não falo nem por conta de dinheiro, porque o Brasil paga pesado. Pessoal fala que não, mas se você for bem, pagam bem (risos). - finalizou. 

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