Fluminense não joga bem, mas aposta em superação e vê substituições darem certo para vencer o Fla-Flu

Tricolor fez um péssimo primeiro tempo, mas jogadores contestados acabaram mudando o panorama do clássico, vencido por 1 a 0 em São Paulo

Flamengo x Fluminense - André, Martinelli e Calegari
André marcou o gol da vitória do Fluminense contra o Flamengo (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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Fluminense e Flamengo se enfrentaram cinco vezes em 2021 e em pelo menos quatro desses encontros o roteiro foi parecido: domínio rubro-negro e um caminhão de chances perdidas, melhora tricolor após o intervalo e um gol achado ou na superação que define o clássico. Esta também foi a história da vitória por 1 a 0 no último domingo, na Neo Química Arena, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.

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Quem viu apenas o primeiro tempo precisou se contentar com um Flu desconexo, cansado, produzindo pouco, lento e com dificuldades até para fechar os espaços. Marcos Felipe precisou trabalhar e a sorte também sorriu a favor do Tricolor. O único destaque na linha foi Caio Paulista, voltando após sentir dores na coxa esquerda e reforçando o motivo de ser tão importante para o sucesso desta equipe.

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A situação do atacante é o que leva aos dois pontos importantes que mudaram o clássico. Todos os jogadores que saíram do banco foram fundamentais no gol da vitória e, assim como Caio, alguns deles atravessavam fase de contestação na temporada e podem ganhar confiança após o bom momento. São os casos de Luiz Henrique, Kayky, Nene, Lucca e de André, que sempre foi pedido da torcida, mas recebia poucas oportunidades até entrar e se provar como peça importante. Superação, inclusive, é a palavra que vem definindo este Fluminense na maioria dos clássicos.

No lance da vitória, Nene inicia no círculo central em boa jogada para prender a bola e toca para Kayky, que acha Luiz Henrique na ponta. O atacante passa pela marcação e cruza rasteiro, Lucca faz o corta-luz e André finaliza. Vale ressaltar ainda a importância dos jovens criados na base, que não vem tento tantos minutos, mas continuam se provando quando testados no profissional.

– Não é porque a gente venceu o clássico que está tudo certo novamente. Nós temos muitas coisas para corrigir ainda, mas de fato a vitória no clássico, da forma como foi, dá uma tranquilidade maior. Lá no começo do ano, ainda quando o Michel (Araújo) estava aqui, eu o chamei, junto com o Caio, e disse que passaria Biel e Kayky na frente porque eu precisava ver eles jogando, para ver se aguentariam esse processo e se poderiam ser incorporados e vir como reforços de Xerém naquele momento - analisou Roger em coletiva.

- No Estadual, eles foram muito bem, e o Caio se resignou a trabalhar para esperar a oportunidade. Eu passei também na frente do Lucca alguns jogadores, o Lucca abaixou a cabeça e trabalhou. Isso é acreditar no comando e no processo. Lucca vinha fazendo grandes treinos, e eu sempre frisava: "Continua assim, quando aparecer brecha, eu vou colocar em campo...". O André da mesma forma. É um processo diário, que por vezes o torcedor não tem acesso - completou.

Os números, retirados do "SofaScore", ajudam a explicar a mudança de um tempo para o outro. Na primeira etapa, o Fluminense teve 32% de posse de bola, uma finalização no gol e três chutes travados contra 14 do Flamengo, quatro defesas do goleiro, 140 passes e oito desarmes. Após o intervalo, o Tricolor seguiu com a posse baixa, mas deu sete finalizações, sendo quatro no gol contra nenhuma no alvo do adversário. Além disso, deu 14 desarmes, 141 passes e 13 cortes.

Com o resultado, o Flu sobe para o sétimo lugar, com 13 pontos, e fica a frente do Fla, em oitavo, com 12 e dois jogos a menos. Na próxima quarta-feira, o Flu recebe o Ceará às 21h30, em São Januário.

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