Ao L!, Hudson revela conversas por renovação com o Fluminense e cita mais responsabilidade no Brasileiro

Volante e capitão do Flu tem contrato de empréstimo válido apenas até o final deste ano, mas torce por uma permanência por um longo período no Tricolor

Hudson - Fluminense
Hudson retomou a vaga como titular do Fluminense de Odair Hellmann (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

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Uma ótima campanha no G4 do Campeonato Brasileiro, confiança no treinador e sete jogos sem perder. Esse é o clima em um Fluminense que surpreendeu e luta para retornar à Libertadores depois de sete anos. Mas o bom momento não tira o foco de algo tão importante quanto: a manutenção do elenco. Um dos titulares que ainda não definiu o futuro e tem vínculo se encerrando já em dezembro de 2020, Hudson revelou, em conversa exclusiva com o LANCE!, que sua situação já está em conversas para um desfecho. Diferentemente de Dodi, por exemplo, a decisão deve ser sem tons de novela.

O Fluminense tem interesse em permanecer com o jogador além do término do Brasileirão em fevereiro de 2021. Entretanto, mesmo que o São Paulo não pense em seu retorno, o contrato do jogador com o clube paulista vai apenas até o fim do próximo ano. Como tem um salário alto e o Tricolor carioca tem pouco poder de investimento, ainda não se sabe se será possível. O volante espera que em breve haja um acordo.

- Eu tenho contrato até dezembro, acredito que seja até automático prolongar até o final do Brasileiro em fevereiro. Já houve conversas com o meu agente. Há a nossa vontade de ficar. Não depende só do Fluminense ou de mim, mas do São Paulo também. Temos um tempo ainda para conversar sobre. Tenho certeza que logo logo teremos novidade em relação a isso.

Hudson chegou a perder a titularidade depois de uma lesão, mas logo voltou e não saiu mais. Nos últimos jogos, chama a atenção o papel cada vez mais ofensivo do meio-campista, como Odair gosta de definir. O posicionamento rendeu duas assistências neste Brasileirão, ambas na vitória por 4 a 2 contra o Goiás, para Yago Felipe e Nenê. A ideia, como o próprio jogador admite, é aumentar a pressão na marcação, mesmo que sacrifique a velocidade.

- O Odair sempre gostou de jogar com um tripé no meio-campo, um volante mais fixo e dois com mais liberdade que possam ajudar defensiva e ofensivamente. Ele até fala que não são volantes, mas meio-campistas. O futebol tem a necessidade de ter uma marcação mais agressiva na parte ofensiva. Isso ajuda na construção das jogadas, manutenção de posse de bola. E ele tem pedido muito isso. Procuro fazer nos jogos, claro que não é uma posição que eu atuei a carreira toda, mas já joguei em alguns momentos. Acontece uma adaptação também. O mais importante é que o Fluminense está conseguindo ter um padrão, uma agressividade. Quando olha e vê Fred e Nenê no ataque, talvez não tenha muita rapidez, mas consegue ter intensidade para pressionar o adversário - explicou.

Hudson - Fluminense
Hudson em treino no CT (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

DESCANSO E IMPORTÂNCIA DOS JOVENS

Diferentemente de vários dos concorrentes na parte de cima da tabela, o Fluminense tem apenas o Brasileirão para se preocupar até o fim da temporada. Apesar do desapontamento pelas eliminações precoces na Sul-Americana e na Copa do Brasil, Hudson valorizou o tempo maior para descanso e treinamentos, mas admitiu que a pressão por bons resultados agora é ainda maior do que já foi.

- Esse ano é atípico, apesar do calendário brasileiro já ser bastante apertado quando tem duas ou mais competições. O período de pouco treinamento e pouco descanso causa uma diminuição no rendimento dos atletas. Isso é notório. Muitas vezes você vê que o time está abaixo fisicamente porque não teve o descanso ideal de uma partida para outra. Agora com esse novo período de jogos no fim de semana teremos mais tempo para trabalhar os erros, recuperar os atletas. Claro que vai nos trazer uma cobrança maior, pois vamos jogar mais descansados e uma competição só. Todas as atenções estão voltadas ao Campeonato Brasileiro, o que nos traz mais responsabilidade.

As categorias de base do Fluminense são responsáveis por vários bons talentos que apareceram no futebol brasileiro. Com poder financeiro baixo, o Tricolor utiliza cada vez mais os atletas saídos de Xerém e neste ano não é diferente. Até agora foram 19 atletas com formação no Flu atuando pelo profissional. Para Hudson, essa integração com os mais jovens é essencial para a equipe, que também conta com vários atletas acima dos 30 anos.

- Hoje mais do que nunca os jovens jogadores são muito importantes para a equipe. Em termos de intensidade e qualidade. Aqui no Fluminense as crias de Xerém já sobem com muita personalidade. Não à toa muitos já estão jogando com a gente. É importantíssimo ter a mescla de jogadores experientes com os mais novos. Importante que a gente dê tranquilidade para que eles possam desenvolver o melhor futebol possível. A pressão sempre vai ser maior em cima dos mais velhos para que os mais jovens consigam jogar um futebol mais leve. Acho que é por isso que essa mescla é importante. O Fluminense faz isso muito bem. Esperamos que isso traga excelentes resultados para nós.

De acordo com números do "SofaScore", Hudson tem 11 jogos no Brasileirão, sendo 10 como titular. Ele soma 85% de eficiência por partida, 47% de disputas de bolas vencidas, médias de 1,2 interceptações e não teve erros capitais. O Fluminense volta a entrar em campo neste sábado, às 21h, contra o Fortaleza, pela 19ª rodada da competição nacional. 

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