Feitos e fiascos! Saiba quem foram os presidentes do Flu nos últimos 30 anos

De Manoel Schwartz a Peter Siemsen, veja a trajetória dos mandatários do Tricolor nas últimas décadas

Álvaro Barcellos (10 de dezembro de 1996 a 4 de agosto de 1998) comemorando a permanência do Flu na Série A
(Foto: Divulgação)

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Milhares de torcedores escolherão neste sábado o novo presidente do Fluminense. Até às 18h a Sede das Laranjeiras estará aberta aos sócios do clube, que vive seus últimos dias sob o comando de Peter Siemsen, mandatário desde 2011. Celso Barros, Mário Bittencourt e Pedro Abad são os candidatos a ocupar o cargo nos próximos três anos.

Ao apaixonado torcedor tricolor, o LANCE! recorda os presidentes do Fluminense nos últimos 30 anos, com seus feitos e fiascos históricos.

MANOEL SCHWARTZ (26 de janeiro de 1984 a 22 de janeiro de 1987)
Morreu aos 82 anos, vítima de embolia pulmonar. Comandou o clube em dois períodos. No triênio 1984/86 e em um pequeno período em 1998, para cumprir o mandato de Álvaro Barcelos após a renúncia do colega. Logo que assumiu o Fluminense pela primeira vez, Schwartz levou o time campeão estadual a conquistar o Campeonato Brasileiro, em 84, e aos dois últimos títulos do tricampeonato carioca, entre 83 e 85. Foi o dirigente que trouxe o
paraguaio Romerito, ídolo da torcida tricolor e o autor do gol do título nacional.

Schwartz foi um dos dirigentes mais vitoriosos na história do Fluminense, tendo sido presidente por duas vezes: primeiro entre 1984 e 1986 e, depois, em um pequeno período em 1998, substituindo Álvaro Barcelos, que havia renunciado ao cargo seis meses antes do término do mandato. Logo no seu primeiro ano como presidente do Fluminense, Schwartz levou o time a conquistar o seu único título do Campeonato Brasileiro, em 1984. Para tanto, realizou uma contratação de impacto: trouxe o paraguaio Romerito, que viria a se tornar um dos maiores ídolos do Tricolor. Com ele, a equipe carioca também sagrou-se tricampeã estadual (1983, 1984 e 1985). E ainda venceu a Copa Kirin, no Japão, em 1986. Anos mais tarde, em 1998, foi eleito por aclamação para substituir Álvaro Barcelos.

FÁBIO JOSÉ EGYPTO DA SILVA (de 22 de janeiro de 1987 a 12 de fevereiro de 1990)
Entrou para a história do Fluminense como o primeiro presidente a não ganhar títulos.

ÂNGELO LUÍS PEREIRA CHAVES (de 12 de fevereiro de 1990 a 1º de fevereiro de 1983)
Assumiu a presidência com a promessa de modernizar o clube. Na parte administrativa, razoável. Na esportiva, fracassou.

ARNALDO SANTHIAGO LOPES (1 de fevereiro de 1993 a 2 de janeiro de 1996)
Não completou o mandado. Se na gestão de Arnaldo Santiago o clube ampliou seu patrimônio com a conclusão do centro de treinamentos de Xerém, o rombo das finanças provocados pela inflação na folha de pagamento do futebol foi a grande dor de cabeça do próximo presidente tricolor. Destaque para o título carioca de 1995 no ano do centenário do rival Flamengo.

JOSÉ GIL CARNEIRO DE MENDONÇA (2 de janeiro de 1996 a 14 de novembro de 1996)
A eleição de Gil Carneiro de Mendonça para a presidência do Fluminense provocou a fase mais sombria da história do clube. Gil assumiu o cargo dizendo que futebol não era prioridade e que o clube não possuía verba para armar um time forte. Ele daria prioridade ao Basquete. O resultado foi o rebaixamento no brasileirão de 1996 e uma virada de mesa que o evitou.
Herdou o clube com R$ 6 milhões em dívidas com fornecedores, bancos e jogadores. Escreveu uma ressentida carta de renúncia ao constatar que não tinha mais o apoio do Conselho Deliberativo, que estaria suas indicações apenas para atingi-lo.

ÁLVARO FERDINANDO DUARTE BARCELOS (10 de dezembro de 1996 a 4 de agosto de 1998)
O Fluminense elege Álvaro Barcelos para 1997, depois da virada de mesa, o mesmo Barcelos que, em 97, embolsou cotas em dinheiro recebida do Clube dos 13 e pagou o elenco com cheques sem fundos. Com essa nova gestão corrupta, não teve jeito: o Flu de 1997, por conta de desmandos da administração de 1996 e da vergonheira do Álvaro Barcelos, caiu novamente, mas dessa vez foi mesmo disputar a segundona e ainda cairia para a terceirona na disputa de 1998 para 1999.


DAVID FISCHEL (7 de janeiro de 1999 a 15 de dezembro de 2004)
Comandou o clube durante a disputa da Série C, e foi na sua gestão que se iniciou a parceria com a Unimed e o Tricolor conquistou o Campeonato Carioca de 2002. A história como principal administrador do Flu começou em 1999. Com a renúncia de Álvaro Barcelos após a queda do time para a Série B e a Terceira Divisão, Manoel Schwartz venceu a eleição seguinte. Porém,
por problemas de saúde, não pode assumir imediatamente. Então, David Fischel, seu vice-presidente administrativo, assumiu o cargo temporariamente. Schwartz foi ao clube algumas vezes, mas nunca mais voltou ao cargo. Fischel presidiu até novas eleições, em que ele mesmo venceu.

ROBERTO HORCADES FIGUEIRA (15 de dezembro de 2004 a 20 de dezembro de 2010)
Em sua gestão o clube conquistou o Campeonato Carioca de 2005 a Copa do Brasil de 2007 e o Campeonato Brasileiro de 2010, Horcades é um dos mais vitoriosos presidentes da historia do Fluminense. No dia 8 de outubro de 2007, foi eleito, membro do comitê estratégico da FIFA, órgão que tem como atribuição elaborar propostas relativas ao calendário internacional de jogos, a reavaliação das ligas nacionais e do número de jogos destes campeonatos, à educação e o seguro dos jogadores, ao estudo das leis do jogo e de arbitragem, além da criação de um código de ética entre associações e clubes. Reeleito em 2007 para continuar na presidência do Fluminense Football Club durante o triênio 2008/2009/2010. O mandato de Horcades é um dos mais importante na historia do clube, alem de vencer em todas as competições oficiais disputadas no Brasil, o Fluminense disputou a final da Libertadores e da Sul Americana. Um tanto descuidado, chegou a afirmar que as mulheres possuem apenas dois neurônios, num momento em que comentava sob o comando do técnico René Simões frente a seleção feminina de futebol nas Olimpíadas de Atenas.

PETER SIEMSEN (20 de dezembro de 2010 - atualmente)
Concorreu a presidência do clube em 2007, sendo derrotado por Roberto Horcades que tentava a reeleição. Com apoio de Celso Barros,ex- presidente da antiga patrocinadora do clube, a Unimed, Siemsen elegeu-se presidente. Após o final do Campeonato Brasileiro de 2010, onde houve milhares de tricolores que esperaram nas filas para assistir ao jogo final entre Fluminense x Guarani, Peter Siemsen lançou junto com o vice-presidente de Marketing Idel Halfen o programa Guerreiro Tricolor, uma das primeiras manifestações de marketing do clube, sendo o marketing um dos assuntos mais exigidos pelos torcedores, junto à construção de um centro de treinamento ao clube e a reforma na sala de troféus do clube, em vista da
decepção de muitos torcedores á feita pelo ex-presidente Roberto Horcades no fim de seu mandato. A distância do Engenhão e o preço dos ingressos do pacote foram alguns dos motivos de o projeto não prosperar, apesar de render lucro ao clube. Na partida Fluminense x Libertad pelas quartas de final da Libertadores, o programa reduziu o preço, e o público no estádio
aumentou. No fim do trimestre, a renda do clube foi de um superávit de Um Milhão de reais. Em novembro de 2013 Peter Siemsen foi reeleito.

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