‘Estilo Diniz’ mostra a sua cara, mas precisa de paciência e entrosamento

Fluminense mostra posse de bola, triangulações e profundidade, mas fatores de início de temporada ainda atrapalham o rendimento da equipe. Entretanto, saldo é positivo

Fernando Diniz
Fernando Diniz estreou no Fluminense (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC) 

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A estreia do Fluminense não foi das melhores no Campeonato Carioca pelo resultado - empate com o Volta Redonda, neste sábado, no Maracanã. Entretanto, o desempenho da equipe dentro de campo deixou um saldo positivo. Novo no comando do Tricolor, Fernando Diniz é conhecido pelo seu estilo diferente do costumeiro no futebol brasileiro, mas a sua identidade começou a dar as caras no Tricolor. 

Os primeiros indícios do estilo de Fernando Diniz puderem ser vistos nesta primeira rodada. Talvez a mais impactante delas seja o toque de bola. Rodolfo, Ibanez e Matheus Ferraz - que substituiu Digão logo no início da partida - chamaram atenção por não darem chutões. Entretanto, chegaram a assustar alguns torcedores por não se livrarem da bola mesmo em momentos de grande pressão do Volta Redonda no campo defensivo. 

Outro ponto importante foi o posicionamento de Airton durante toda a partida. Após muito tempo com lesões, voltou a completar 90 minutos em campo, mas se destacou pela função de terceiro zagueiro quando o Fluminense atacava. Foi o responsável por equilibrar o setor defensivo na saída de bola e dar liberdade para os laterias atacarem.

Os laterais, inclusive, que também tiveram papel importante nos ataques do Fluminense. Ezequiel, Mascarenhas e Igor Julião atuaram quase como pontas, dando profundidade para a equipe e liberdade para os pontas Everaldo e Marcos Calazans aparecerem como opções no meio. Luciano foi outro que subiu de produção com essa liberdade e fez diversas funções no jogo. 

- Luciano treinou mais nessa função que jogou no 2º tempo. Ele é muito talentoso, criativo, sabe finalizar, jogar em dois toques, chuta bem de fora da área. Quando ele joga entrelinhas, rende mais. No 1º tempo ele jogou mais centralizado o que o sacrifica um pouco - declarou Fernando Diniz. 

A análise final é que apesar do resultado, ainda é o primeiro jogo do ano, com 15 dias de pré-temporada, e sete desfalques por não estarem regularizados. Evidente que o desempenho pode melhorar, mas era sabido que o 'estilo Diniz' precisaria de tempo. Não é cenário para se desesperar, pelo contrário, é possível observar um bom caminho de evolução. 

INDIVIDUALMENTE, NOMES CHAMAM ATENÇÃO

O grande nome da partida no segundo tempo foi João Pedro. Com apenas 17 anos, foi lançado nos profissionais e mostrou personalidade durante a partida. Foi dele a jogada que originou o lance do gol de empate marcado por Ibanez. O jovem ainda sente pelo físico, mas mostrou ter um talento acima da média para a sua idade. 

Outro atleta de Xerém que teve boa desenvoltura foi Zé Ricardo. Apesar de substituído no intervalo por questões táticas, não deixou a desejar enquanto esteve em campo. Na falta de profundidade da primeira etapa, foi um dos poucos que conseguiu buscar jogo e ter a bola em seus pés. Era o camisa 10 do sub-20 e mostrou porquê é tratado como promessa. 

Se Ezequiel não teve uma boa estreia, Igor Julião precisou de poucos minutos para fazer a diferença dentro de campo. Junto a João Pedro, fez a produção do setor direito do Fluminense subir de rendimento e gerar o lance do gol de empate. Melhor fisicamente e mais entrosado com o elenco, desponta como candidato a briga por vaga na lateral-direita. 

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