Júlio César vive dia de herói e vira ‘melhor goleiro do Brasil’ no Flu

Goleiro superou críticas e encerrou a melhor temporada da carreira caindo nas graças da torcida do Fluminense. Pênalti defendido contra o América-MG foi decisivo

Fluminense x America-MG
Júlio César defendeu o pênalti de Luan contra o América-MG (Foto: Magalhaes/JR) 

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Pênalti para o América-MG. Tensão no Maracanã. O resultado desfavorável poderia empurrar o Fluminense para próximo da zona de rebaixamento. Luan cobra e Júlio César faz o estádio explodir com a defesa. No final, o placar de 1 a 0, neste domingo, fez o Tricolor escapar da queda. Dia para ser guardado na memória do goleiro, que virou herói debaixo das traves.  

- Estou feliz por contribuir e ter dado uma parcela para essa salvação. No final, todos ajoelhados e dando graças a Deus pela vitória. Foi um ano muito difícil em vários setores e varias situações. Um grupo unido, que deu o que tinha e o que não tinha. Graças a Deus sairmos com a vitória e a classificação na Sul-Americana. Nós sabemos o tamanho do Fluminense e nos unimos muito - declarou o goleiro. 

Júlio César se tornou uma referência dentro do elenco do Fluminense. Nos momentos de maior crise, pediu a palavra e foi para as coletivas defender o elenco. Internamente, colaborou até financeiramente: ajudou os funcionários a quitarem algumas de suas dívidas quando os mesmos estavam com salários atrasados. 

Desde que chegou ao Fluminense, o goleiro conviveu com a concorrência de Diego Cavalieri. Tendo a sombra de um ídolo, sempre que entrava era cobrado. Demorou para encontrar a sua melhor forma e sempre foi visto com desconfiança pelas arquibancadas. Em 2018 mesmo, chegou a ver a torcida pedir pela titularidade de Rodolfo, que fez apenas quatro jogos no ano. 

Ao que tudo indica, águas passadas. Júlio César se consolidou na titularidade e ganhou o apoio das arquibancadas. Após o apito final e a permanência na primeira divisão garantida, viu a torcida chamá-lo de "melhor goleiro do Brasil". Lua de mel que demorou 38 rodadas, mas que apareceu no momento mais decisivo. 

- Citei o nome do professor Abel, da comissão dele, do Paulo Autuori, que estiveram conosco na primeira metade e precisam ser lembradas. Assim como o Marcelo (Oliveira), que saiu faltando dois dias, mas são decisões tomadas pela diretoria. Funcionários que não recebem muito e passam por dificuldades. É gratificante ver todos abraçados pelo mesmo objetivo. 

Júlio César é um dos 12 atletas que tem contrato encerrando no final do ano e não sabe se fica para a próxima temporada. O contrato do atleta vai até dezembro de 2018. O goleiro afirmou recentemente ter sido procurado pela direção para renovar, mas irá tratar do assunto após o término do Brasileirão. 

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