Vítor Pereira detona arbitragem e explica substituição de Arrascaeta: ‘Tive que tomar uma decisão’

Treinador português tem problemas para reequilibrar equipe após a expulsão de Gerson

Flamengo x Al Hilal - Mundial de Clubes - Vitor Pereira
Comandante esteve à frente do Flamengo em apenas seis partidas (Fadel Senna / AFP)

Escrito por

O Flamengo perdeu para o Al Hilal por 3 a 2 e está fora da final do Mundial de Clubes. O Rubro-Negro teve muitos problemas ao longo de toda a partida, sofreu com erros defensivos e acabou caindo na semifinal. Apontado como um dos principais responsáveis pelo revés, Vítor Pereira deu uma coletiva forte, em que criticou a arbitragem e explicou escolhas ao longo da partida. 

+ Cinco pontos que explicam o fracasso do Flamengo no Mundial de Clubes

De acordo com o treinador, a arbitragem condicionou a partida. O português explicou o tamanho do impacto do trio romeno que, segundo Vítor Pereira, foi um fator grande para a derrocada do Flamengo no Mundial. 

- Vou dar a minha opinião, é minha. Nos preparamos para esse adversário, estudamos, pesquisamos as caractericas. Não nos preparamos para a arbitragem, do meu ponto de vista foi mau ajustada. Desde o primeiro minuto foi condicionante, falta de critério muito grande, provocatória, que enervou a equipe - disse, antes de completar:

- Se não fosse a personalidade e caráter dos jogadores, teríamos terminado com menos jogadores. Muitas paradas, permissividade com isso. Mas não explica tudo, na primeira parte eles chegaram na marca do pênalti. 11 contra 11 fomos muito mais equipe, propusemos o jogo, mas não conseguimos traduzir em gols. Com um a menos não é fácil, estávamos em desvantagem do marcador. Não teve apatia da equipe - analisou. 

+ Jornal da Espanha provoca Vidal após queda do Flamengo: 'Três meses depois, não estava para brincadeira'

Vítor Pereira também comentou sobre ter tirado Arrascaeta ainda no intervalo. A substituição rendeu muitas críticas da torcida do Flamengo, mas o comandante explicou que precisava tomar uma decisão e, naquele momento, julgou a saída do uruguaio como o melhor a se fazer. 

- Eu não tirei o Arrascaeta pela condição física. Nunca tiraria o Arrascaeta 11 contra 11, totalmente fora de questão. É uma equipe com características individuais muito forte, principalmente no âmbito ofensivo. As vezes nos desequilibramos defensivamente. O Gerson e o Thiago dão equilíbrio ao time, com capacidade de marcação e de armar o início das jogadas. Ao intervalo, com um a menos e atrás no placar, o treinador precisa tomar decisões, que são sempre discutíveis - frisou. 

- Não deixaria a equipe desequilibrada daquela maneira. Não poderia deixar o Thiago Maia sozinho no meio, os outros não são jogadores de propensão defensiva. Estávamos sujeitos a levar mais 1, 2, 3. Não era da minha vontade tirar o Arrascaeta, mas precisava tirar um. Se eu tirasse o Gabigol, o que vocês me perguntariam? Poderia optar pelo Everton, mas optei pelo Arrascaeta, porque o Everton ainda pode equilibrar o sistema defensivo. Foi uma decisão muito difícil, mas eu tive que tomar uma decisão - finalizou. 

+ Sem vapo: Gerson vai de reforço de peso a vilão do Flamengo no Mundial

A equipe de Vítor Pereira volta a campo neste sábado, para disputar o terceiro lugar desta edição do Mundial de Clubes. O adversário sai do confronto entre Real Madrid, da Espanha, e Al Ahly, do Egito. As equipes se enfrentam nesta quarta-feira, às 16h (de Brasília), em Rabat. 

VEJA OUTROS PONTOS ABORDADOS NA COLETIVA

O jogo
- Acho que sinceramente, o Al Hilal não esteve na primeira parte. Nós fomos superiores, tentamos muito. É claro que o Gerson e o Thiago são os primeiros criadores da equipe, não há dúvida. Eles não fizeram nada no começo do jogo. Na segunda parte estiveram melhores, é compreensível, procuraram melhor os espaços.

Início de trabalho e complicações
- Eu acho que a equipe trabalhou bem, tem trabalhado bem. Preparou-se em um nível competitivo diferente da Supercopa. Hoje é um jogo que tem que ser explicado, não vou falar mais da arbitragem. O jogo foi muito condicionado por uma equipe. A segunda parte é uma parte em que a equipe em desvantagem numérica tem que ir atrás do empate e naturalmente se desequilibra, não consegue propor o jogo. É diferente. Hoje, no 11 contra 11, sairíamos daqui classificados. São as circunstâncias do jogo, já fizemos outros bons jogos e precisamos de tempo para nos tornarmos consistentes.

Matheuzinho e Ayrton Lucas
- São dois jogadores rápidos, nos dão profundidade. Optei pelos dois porque achei que esse jogo era para isso. Gostei dos 2. Do Ayrton, o Matheusinho pelo outro lado também esteve bem. Satisfeito com a apresentação deles

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter