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Três tons de azul: situação racha e eleição no Fla começa a se desenhar

Dia 29/02/2016
22:59

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O fim do ano está chegando e, junto, também se aproxima a nova eleição presidencial do Flamengo. Marcado para entre o fim de novembro e o início de dezembro, o pleito rubro-negro, que elegerá o presidente para o triênio 2016-2018, ocupando o cargo do até então mandatário Eduardo Bandeira de Mello, começa a ganhar um desenho, agitando a política da Gávea e escancarando todos os atritos e a crise que figura nos bastidores nos últimos anos. Prova disto é que a Chapa Azul - Fla Campeão do Mundo, que venceu a eleição de 2012, está dividida em três frentes, o que neste primeiro momento faz que não seja possível afirmar em um favorito para a votação. Comprovando, de certa forma, que a tranquilidade entre os dirigentes, afirmada publicamente em diversas ocasiões, nunca foi unânime.

Apesar de ainda não ter declarado publicamente, Eduardo Bandeira de Mello quer tentar a reeleição no cargo. Para isto, porém, não pensa em seguir em seu Conselho Diretor com nomes que não concordem com sua candidatura. O principal alvo é o atual vice-presidente de patrimônio, Wallim Vasconcellos, que nunca escondeu o desejo de ser presidente do Flamengo. Wallim, inclusive, era o candidato inicial da Chapa Azul em 2012, mas teve sua candidatura impugnada por não cumprir o estatuto na época - que obriga cinco anos seguidos de vida associativa. Wallim e seus aliados - como Rodolfo Landim (atual vice de planejamento), Rodrigo Tostes (atual vice de finanças) e Gustavo Oliveira (atual vice de comunicação) - devem ser desligados de seus cargos no clube ainda nesta semana para o lançamento de uma candidatura à parte. O cabeça de chapa ainda não foi definido, mas a ideia inicial está entre Wallim Vasconcellos e Rodolfo Landim. A escolha será feita de um modo que amenize a imagem junto os sócios, já que Wallim se desgastou enquanto era vice-presidente de futebol, em 2013.

Para concorrer com Eduardo Bandeira de Mello (reeleição) e Wallim Vasconcellos/Rodolfo Landim (chapa dois), um terceiro tom de azul ganhou força nos bastidores nas últimas semanas para se candidatar. Trata-se de Gony Arruda, atual deputado estadual do Ceará, pelo PSD, que recentemente deixou o cargo de secretário de esportes cearense. Arruda foi um dos grandes nomes que apoiou a Chapa Azul na eleição de 2012, figurando com força política com ex-presidentes e atuais mandatários de órgãos do Flamengo. Um dos fundadores da Chapa e que deixou o cargo no primeiro ano de gestão por atritos com Wallim Vasconcellos, Flávio Godinho conversa para dar o seu apoio ao Arruda. Luiz Eduardo Baptista, ex-vice-presidente de marketing e que também deixou o clube por brigas internas, também tende a seguir a linha de Godinho na aliança para o pleito do fim do ano.

Até agora, oficialmente, duas candidaturas já foram lançadas para a eleição presidencial: Gonçalo Veronese, do Fla Tradição, e Lysias Itapicurú, do Flamengo Nova Geração. O primeiro sócio e conselheiro, porém, está na Justiça comum buscando uma liminar para mudar uma suspensão que sofreu do quadro associativo, único modo de prosseguir com a candidatura. Com a confirmação do cenário político, ao menos cinco nomes estarão concorrendo ao cargo mais popular do Brasil, de ser presidente de um clube com mais de 40 milhões de torcedores. Até o dia da votação, alianças podem ser feitas, com o panorama mudando de uma hora para outra - no pleito de 2012, por exemplo, apenas três candidatos foram até o fim (Eduardo Bandeira de Mello, Patricia Amorim e Jorge Rodrigues). Os dias vão passando e a tendência é a de que quem tenha ideia diferente já se separe e corra na busca de uma força para seu objetivo. As cartas estão na mesa e o jogo já começou.


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