Sheik aponta falta de comprometimento e pede reforços

Com elogios a Guerrero e Muricy, camisa 11 avalia capacidade do atual elenco do Flamengo

HOME - Flamengo x Atlético-PR - Campeonato Brasileiro - Sheik (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
Atacante Emerson Sheik analisou o contexto rubro-negro em 2015 (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)

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Emerson Sheik nunca se preocupou em medir as palavras para expressar o que pensa e descrever o cenário que observa. E em 2016 não deve ser diferente. O atacante que deixou o Corinthians para retornar ao Flamengo, no meio da última temporada, voltou a defender algumas mudanças. Chateado com a forma com que saiu do clube paulista, ele chegou ao Rubro-Negro com um ambiente favorável a si próprio, mas reclamou de algumas situações.

- Vi algumas coisas que não iriam funcionar. Eu acho que a camisa do Flamengo é muito grande. A história do clube é muito grande. Não é qualquer um que pode vestir não. Isso aí, eu acho que tem que ser escolhido a dedo, porque tinham muitos ali que, na minha maneira de pensar, não mereciam estar vestindo a camisa do Flamengo e representando mais de 40 milhões de pessoas - disparou o jogador, em entrevista ao programa Globo Esporte, da TV Globo.

Não foi apenas o contexto que incomodou Sheik na Gávea. Questionado se o time atual tem gabarito para erguer taças neste ano, ele foi verdadeiro.

- Campeão, eu não acredito muito. Com mais atletas, mais qualidade, aí sim, a gente pode começar a pensar em título. Por enquanto, não - opinou.

Para o camisa 11, uma palavra tem de se destacar no dicionário rubro-negro e deve ser seguida de resultados positivos. Caso contrário, é melhor promover mudanças.

- Comprometimento é tudo. Tinha uma galera comprometida sim, outra não. Uma pena. O Flamengo não merece passar por isso. Dedicação, respeito a camisa vai ter que ter, porque, senão, vou ser o primeiro a sair, a falar. Se não gostar, é simples: me manda embora. Já fui mandado algumas vezes... - frisou o atacante, que não se eximiu das polêmicas.

- Eu já tive esses erros. Fui polêmico, fiz um monte de coisa na minha vida, mas eu estava ganhando tudo. Então, vai reclamar de que? - questionou.

No ataque rubro-negro, quem divide a missão de balançar as redes adversárias é Paolo Guerrero. O peruano até começou bem sua passagem pela Gávea, porém rapidamente enfrentou uma longa seca de gols. Na visão de Emerson, as críticas devem se estender aos demais companheiros.

- O time também não ajudou muito. Se faltou dele, faltou de todo mundo. E tem que ser dividida a responsabilidade. Aí, vieram algumas lesões dele no tornozelo. Poucos sabem que ele jogou com o tornozelo com dor, não estava 100%. Mas é lógico que a verdade é que ele pode muito mais - comentou o atacante, antes de elogiar o camisa 9.

- Estava "p" da vida. Porque é um cara acostumado a viver momentos felizes de estar jogando bem, marcando gols. E ficou faltando, no final, isso dele. Ele sabe disso, todo mundo sabe disso, é um craque , sempre disputando o melhor número nove que tem nos países sul-americanos. Então, não tem nem dúvidas disso. O cara é bom mesmo, mas no final faltou, ele poderia, sim, mais. Ano que vem (2016), a galera pode esperar que o gringo vai bombar - afirmou.

Se Sheik e Guerrero levam a responsabilidade por furar as defesas, Muricy Ramalho precisará encontrar o novo padrão de jogo da equipe. Contratado no fim do ano para comandar o Flamengo, o treinador tem a aprovação do atleta.

- Cobra pra caramba, cobra muito. Se ver "miguesagem", como a gente fala na gíria, vai ficar fora. Não tem conversa, vai ser afastado. Um cara que eu gosto muito de trabalhar porque é pegada mesmo, é seriedade, é compromisso, comprometimento. Não tem treino "migué". Não é para machucar o companheiro, mas é treino competitivo - analisou.

- O dia que eu não conseguir fazer o que fiz em 2015, correr, me dedicar, entregar... vou curtir essa vida aqui", finalizou a conversa em sua luxuosa lancha.

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