Presidente do Flamengo relembra contratações de Diego Alves e Diego Ribas: ‘Gol de placa’

Eduardo Bandeira de Mello era o presidente do Flamengo na época das chegadas do goleiro e do meia, que se despedem do clube neste sábado, em partida contra o Avaí no Maracanã

Diego Ribas e Diego Alves - Flamengo
Diego Ribas e Diego Alves vivem últimos dias como jogador do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

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Presidente do Flamengo entre 2013 e 2018, Eduardo Bandeira de Mello estava à frente do clube na época das chegadas dos "Diegos", Alves e Ribas. Neste sábado, o goleiro e o meia encerram suas passagens pelo clube, marcadas pelos títulos e por serem dois dos primeiros grandes nomes a acreditarem no projeto. Ao L!, Bandeira relembrou as transferências e fez um balanço positivo da dupla.

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- O retorno que ele (Diego Ribas) deu para o clube foi muito bom, dentro e fora de campo. Sempre foi um atleta que se cuidou, procurou resguardar a imagem do clube. Foi um gol de placa (a contratação). Sem falar do lançamento da final da Libertadores em 2019. Talvez, se ele não estivesse em campo, o Gabigol não faria aquele gol - afirmou, antes de emendar também sobre o camisa 1:

- Acho que são (ídolos). Tiveram passagens super importantes pelo Flamengo, ganharam muitos títulos, tiveram desempenhos técnicos muito acima do esperado. É natural que os jogadores, ao chegar em certa idade, não joguem tantas vezes. Acontece com todos. Isso não apaga nem um pouco a importância que tiveram - concluiu Bandeira.

Diego chegou ao Flamengo em julho de 2016, sem custos, após deixar o Fenerbahçe, da Turquia. Antes, fez carreira no futebol europeu, pelo Wolfsburg e Werder Bremen, da Alemanha, Atlético de Madrid, da Espanha, Juventus, da Itália, e Porto, de Portugal.

Revelado pelo Santos e com passagem de destaque na Seleção Brasileira, o meia chegou para vestir a camisa 35, assumindo o número 10 apenas em 2018. Com 12 títulos desde então, fará sua 289ª partida (178V/64E/46D) com o Manto, tendo marcado 44 gols.

Godinho, ao fundo, com Diego na apresentação (Gilvan de Souza / Flamengo)
Bandeira, à esquerda, na apresentação de Diego (Gilvan de Souza/CRF)

Revelado pelo Atlético-MG, Diego Alves defendeu o Valencia por 10 temporadas, até retornar ao futebol brasileiro em 2017. O Flamengo desembolsou R$ 1,7 milhão pelo experiente camisa 1, que, devido a uma lesão, só teve sequência na meta rubro-negra a partir de 2018.

Então, Diego Alves foi nome fundamental nas conquistas do Fla, em especial a partir de 2019, e, como capitão levantou 11 troféus pelo Rubro-Negro. São 216 jogos do goleiro com o Manto, com 130 vitórias, 43 empates e 43 derrotas até este sábado, data do adeus.

A capacidade de investimento do clube cresceu demais nos últimos anos. Em 2022, por exemplo, superou os R$ 200 milhões com as contratações de Everton Cebolinha, Santos, Fabrício Bruno & Cia.

Mesmo assim, o goleiro Diego Alves e o meia Diego seguiram tendo as devidas importâncias dentro do elenco e do vestiário do Flamengo.

Confira outras respostas de Eduardo Bandeira de Mello ao LANCE!:

A negociação e a contratação de Diego, em 2016


EBM: "O primeiro craque que trouxemos foi o Guerrero, mas não veio da Europa. Em 2016, trouxemos o Diego, que foi o primeiro a vir do exterior. Foi uma contratação que as pessoas não estavam acreditando muito. Acho que contribuiu muito a vontade do jogador em acertar com o Flamengo, foi um investimento razoável, salários. Como estávamos dentro de um processo de recuperação, o clube não teve nenhum problema. O clube já estava organizado, sabendo que poderíamos pagar tudo o que foi proposto."

A experiência e o papel de liderança dos 'Diegos' no Flamengo

EBM: "Era muito importante. Na época, tínhamos o Réver, que era um capitão e um dos líderes do time. Os dois Diegos eram fundamentais nisso, principalmente o Diego Ribas. Sempre foi um cara agregador, falava muito, incentivava no vestiário. Sempre teve essa postura de líder."

Apresentação do Diego Alves
Bandeira de Mello e Diego Alves (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

A chegada do Diego Alves, em 2017

EBM: "Foi mais tranquila, um ano depois, e lembro que não houve muito problema. A negociação foi conduzida pelo Rodrigo Caetano, e nem demorou muito. Em 2017, já não havia dúvida da imprensa, dos torcedores, que iríamos conseguir bancar o que foi proposto. O Flamengo já estava começando a demonstrar que formaria um grande time."

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