‘Muito orgulhoso’, pai de Willian Arão cita o que fez o filho mudar de status com Jesus

Flávio Arão conversou com a reportagem do LANCE! em um shopping em Doha, às vésperas da estreia do Flamengo no Mundial de Clubes, contra o Al Hilal, na capital do Qatar

Arão
Pai de Willian Arão, Flávio Arão, ao lado do volante, na premiação do Bola de Prata-2019 (Foto: Arquivo pessoal)

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Do atual elenco do Flamengo, Willian Arão é o único jogador que já foi campeão do Mundial de Clubes atuando por um clube brasileiro. Ocorreu em 2012, quando estava no elenco do Corinthians que derrotou o Chelsea, no Japão. Agora, como titular, "patinho bonito" de Jorge Jesus e aclamado pela torcida, o sabor pode ser ainda mais memorável.  

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Arão, aliás, é quem tem a maior história de reviravolta do plantel. Deixou de ser contestado e perseguido por torcedores, que sempre o vinham como titular, independente do treinador. Quem lembrou de tal fato e reconheceu a importância de Jesus foi o pai do volante, Flávio Arão. 

Em contato com a reportagem do LANCE!, em um shopping em Doha, onde se encontra após viagem com a delegação rubro-negra, Flávio realçou o orgulho pelo filho e o trabalho silencioso para estar "onde está hoje".

- Estou muito orgulhoso, pois ele abdicou de muita coisa para ser jogador. Tudo, atualmente, enaltece o trabalho dele, que lutou muito para chegar onde está hoje. E assim seguirá para conseguir o objetivo máximo dele, o sonho, que é conquistar novamente o Mundial, agora como titular. 

Em seguida, pai de Arão deu a sua versão para a mudança de status após a chegada do Mister, em meados deste ano. 

- O que eu vejo de fora é que, primeiro, ele (Jorge Jesus) deu confiança e fez questão de mostrar para a torcida que o Arão não era o patinho feio. Então, isso fortaleceu o meu filho, além, é claro, da questão de posicionamento em campo, da tática. Jesus viu no Arão um perfil para recuar (para primeiro volante). Sem dúvida, ele (Jesus) foi fundamental para o meu filho.

Flávio Arão também disse que não tem o hábito de dar pitacos técnicos e táticos ao filho. No entanto, externou que o seu papel é colaborar para o foco do atleta de 27 anos. 

- Primeiramente, queria lembrar que, em 2016, quando ele chegou ao Flamengo, foi considerado o melhor meio-campista da temporada, inclusive indo para a Seleção. Depois, vieram as críticas, que são naturais. O meu papel com ele é lembrar do trabalho. Trabalho, trabalho, trabalho... É importante ressaltar que, com todos os treinadores do Flamengo, o Willian nunca deixou de jogar, mesmo com uma parte da torcida o criticando. Hoje, está sendo recompensado - disse, completando sobre uma possível nova convocação de Willian Arão à Seleção Brasileira: 

- Ele não tem frustração nenhuma quanto a isso. O Brasil é um celeiro de craques, e ele sabe. Precisa seguir fazendo o trabalho que uma hora chega.

Se vai ser lembrado por Tite ou não em 2020, apenas o tempo irá dizer. O fato é que Willian Arão tem uma importante missão ainda em 2019: realizar o sonho do Mundial. O Flamengo estreia nesta terça, pelas semifinais, contra o Al Hilal, às 14h30 (de Brasília; 20h30 no horário local), no Estádio Internacional Khalifa.

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