Diretor da base do Flamengo se desculpa por fala polêmica sobre jogadores africanos
Em apresentação, Alfredo Almeida diz que atletas da África têm valências físicas, e da Europa mentais

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Novo diretor das categorias de base do Flamengo, Alfredo Almeida pediu desculpas por fala polêmica sobre jogadores africanos nesta segunda-feira (14), em apresentação no CT Ninho do Urubu. O português afirmou que atletas da África têm mais valências físicas, enquanto, os da Europa se destacariam pela parte mental.
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A assessoria do Rubro-Negro encaminhou ao portal "Ge" um pedido de desculpas do dirigente. O profissional afirma que o trecho foi isolado de contexto e gerou interpretações que não refletem o pensamento dele.
Confira abaixo a nota do diretor do Flamengo
"Durante a entrevista coletiva de minha apresentação como diretor da base do Flamengo, fiz uma explanação mais ampla sobre os diferentes perfis de atletas ao redor do mundo e as valências que costumam ser observadas por clubes no processo de formação e recrutamento.
Um trecho específico da minha fala, isolado do contexto geral, acabou gerando interpretações que em nada refletem meu pensamento. Por isso, peço desculpas se a forma como me expressei causou qualquer desconforto. Não houve, em momento algum, a menor intenção de soar discriminatório
Tenho total consciência de que há atletas com grande capacidade tática no futebol africano, assim como existem jogadores europeus com enorme talento criativo e brasileiros com impressionante força física. As características dos jogadores não se limitam à sua origem geográfica.
Reforço meu respeito a todas as culturas, povos e escolas do futebol. Sigo comprometido com o trabalho de formação no Flamengo, pautado por valores como inclusão, diversidade, ética e desenvolvimento integral dos nossos atletas."
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Entenda o caso
Alfredo Almeida, foi apresentado como novo diretor das categorias de base do Flamengo em entrevista coletiva nesta segunda-feira (14), no Ninho do Urubu. Durante a conversa com a imprensa, uma de suas respostas gerou críticas de especialistas em questões raciais.
Questionado sobre a possibilidade de resgatar características tradicionais na formação de jogadores brasileiros, com foco na criatividade em vez da ênfase física, o dirigente português respondeu da seguinte forma:
— Aquilo que o atleta brasileiro tem, provavelmente não há em mais nenhuma parte do mundo. Tem a ver com o dom, a magia, a irreverência, a bola fazer parte do corpo, a relação com a bola. Isso não existe em quase parte nenhuma do mundo. Depois, existem outras zonas do globo onde há outras valências. Como, por exemplo, a África tem valências físicas como quase nenhuma parte do mundo. Se quisermos ir para a parte mental, temos que ir a outras zonas da Europa, do globo — disse Almeida.
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