Os desafios de Rodolfo Landim, novo presidente do Flamengo

Eleito com 61,6% dos votos em pleito no sábado, engenheiro e administrador assume cargo máximo do clube da Gávea para o triênio 2019-21<br>

Rodolfo Landim - novo presidente do Flamengo
Landim superou Lomba e vai comandar o Flamengo nos próximos anos (Foto: Diego Maranhao/AM Press)

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"Queremos o Flamengo campeão de volta". A frase foi dita por Rodolfo Landim no último dia 3, na entrevista exclusiva ao LANCE! em seu escritório no Leblon, mas poderia ter sido de qualquer rubro-negro frustrado com a falta de títulos expressivos nas últimas temporadas. Presidente eleito no sábado, como candidato de oposição, Landim tem como principal desafio - e promessa - fazer de novo do Flamengo um time vencedor, "que tem vontade ganhar e não aceita perder".

Apesar da escolha dos sócios por Landim, o candidato dará continuidade ao modelo de gestão que, em seis anos, transformou o clube nos âmbitos financeiro e administrativo. Ele, como Vice de Planejamento, fazia parte do grupo que iniciou a transformação no primeiro mandato de Eduardo Bandeira de Mello, em 203.

No departamento de futebol, no entanto, são aguardadas mudanças e serão cobrados melhores resultados. Para isso, o plano de governo de Landim promete uma reestruturação organizacional da área, com a implantação do Comitê Executivo do Futebol, "extinguindo a concentração do poder de decisão em um só profissional", e a revisão do processo de relacionamento entre as áreas, dando maior independência entre as áreas de performance, contratação e médica.

Em 2019, o Flamengo disputará Campeonato Carioca, Copa Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. A expectativa é pelo conquista do Estadual e de mais um troféu na temporada, que dará início à gestão de Rodolfo Landim.. Os desafios da nova diretoria, contudo, não param por aí.

RELAÇÃO EXTERNA/PRIMEIRA LIGA

O Flamengo, sob o comando de Eduardo Bandeira de Mello, não manteve uma boa relação com as entidades que comandam o futebol no Rio de Janeiro, Brasil e América do Sul. Estabelecer uma boa comunicação e contato com Ferj, CBF, Conmebol e outros clubes é visto como fundamental para Landim. O mandatário pretende, por exemplo, indicar rubro-negros notáveis para atuarem perante entidades específicas, representando e defendendo o clube em assuntos pontuais.

O futuro mandatário também entende que o Flamengo tem a necessidade de liderar o processo de transformação e melhoria do futebol brasileiro junto às entidades responsáveis e demais clubes, discutindo e propondo ideias para o calendário nacional, por exemplo. A discussão sobre a continuidade da Primeira Liga, por exemplo, deve ser levada à discussão pelo clube junto à CBF.

ELENCO E TÉCNICO

O ano sem conquistas e a saída certa de alguns atletas, como Lucas Paquetá, vendido ao Milan-ITA, faz com que uma reformulação no elenco profissional seja necessária para o ano de 2019, com a chegada de reforços para o setor defensivo e também para o ataque. A nova diretoria não confirma nomes, mas há jogadores com contrato que não fazem parte dos planos para o próximo ano e o clube tentará reposicioná-los no mercado, podendo até usá-los como moeda de troca.

Além disso, dois dos principais atletas do elenco terão situações analisadas individualmente: Diego e Diego Alves. O primeiro, camisa 10, tem contrato válido até julho e desperta o interesse de outros clubes brasileiros, já tendo recebido propostas. A permanência do meia para 2019 será um dos primeiros pontos a ser tratado pela direção, assim como o futuro do goleiro.

Diego Alves entrou em atrito com o técnico Dorival Júnior e o diretor Carlos Noval na reta final do Brasileiro, terminando o ano afastado do elenco profissional. Com contrato até 2020, o camisa 1 é visto como um ativo do clube e não será liberado pela diretoria. Contudo, caso a situação não seja contornada, pode ser usado como moeda de troca, visto que tem fácil reposicionamento no mercado nacional.

Antes disso, porém, Rodolfo Landim precisa definir o comando técnico da equipe. No momento, a tendência é a contratação de Abel Braga.

MARACANÃ, GÁVEA OU ESTÁDIO PRÓPRIO?

Rodolfo Landim vê o Maracanã como a principal alternativa para o Flamengo, desde que os moldes do atual contrato sejam revistos. A ideia é o clube participar diretamente do controle operacional do estádio. Negociar junto ao Complexo Maracanã S.A. e Governo do Rio de Janeiro e chegar a um denominador comum será o grande desafio da direção neste quesito.

Para Landim, o Estádio José Bastos Padilha não é solução para o futebol profissional por conta da capacidade limitada aos torcedores. Quanto ao estádio próprio, o novo presidente não descarta a opção, a qual terá a viabilidade financeira dos projetos estudada em paralelo.

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