Blefe é prática antiga: Jesus sempre contou com Gabigol frente ao Inter

Em Portugal, treinador 'abusou' da prática no comando de Sporting e Benfica e, na preparação para o duelo com o Colorado, sempre teve convicção de que Gabigol atuaria

Flamengo x Internacional
Jorge Jesus durante a partida contra o Internacional, no Maracanã (Foto: Mauro Pimentel/AFP)

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Inicialmente fora da lista de relacionados para a partida contra o Internacional, Gabigol foi titular e teve boa participação na vitória do Flamengo por 2 a 0, nesta quarta, na ida das quartas de final da Libertadores. O blefe, que não chegou a surpreender o rival, é uma prática antiga do português Jorge Jesus.

A reportagem do jornal "O Jogo", de Portugal, já havia chamado atenção para a prática de Jesus em 2015, quando o treinador estava à frente do Sporting.

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Entre 2009 e 2015, quando dirigiu o Benfica em seis temporadas e o Sporting em uma, Jesus "usou e abusou" do blefe. Segundo "O Jogo", em 22 dos 37 jogos contra Porto, Sporting ou Benfica, o treinador utilizou atletas que, nos dias que antecederam o clássico, havia dito estarem indisponíveis ou como dúvidas.

Exemplo disso foi logo no primeiro clássico de Jorge Jesus no comando do Benfica, em 28 de novembro de 2009. Antes da partida contra o Sporting, o português afirmou que Saviola "praticamente não havia treinado" e "não podia contar" com o atacante. Veio o confronto e o argentino atuou por 86 minutos. Ramires e Aimar foram outras "cartas" usadas por Jesus no mesmo estilo.

FLAMENGO SEMPRE TEVE CONVICÇÃO QUE O CAMISA 9 JOGARIA

O Flamengo divulgou a lista de relacionados para a partida, sem o nome de Gabriel Barbosa, às 16h39 de terça-feira, véspera do duelo pela Libertadores. Logo em seguida, o clube informou que, "com dores musculares, o atacante segue trabalhos individualizados no CT". Jorge Jesus, contudo, não trabalhou com a possibilidade de não contar com o camisa 9 em nenhum momento.

As listas oficiais de jogadores relacionados pelas equipes, em partidas da Copa Libertadores, precisam ser entregues à Conmebol até 1h30 antes do jogo.

Neste cenário, a presença de Gabigol entre os titulares não surpreendeu a comissão técnica de Odair Hellmann, que trabalhou com o "Plano A" - caso o camisa 9 rival fosse escalado - e "Plano B" - confirmada a ausência do atacante.

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