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Alex detalha passagem pelo Flamengo e diz: ‘Não recebi e saí pagando ainda por cima’

Ídolo de outros gigantes brasileiros, ex-meia teve uma breve e frustrante passagem pelo clube da Gávea, em 2000

Alex - Flamengo (2000)
Alex, hoje aos 42 anos, nos tempos de Flamengo (Foto: Divulgação)

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Ídolo de Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba no futebol brasileiro, Alex não conseguiu desempenhar o seu melhor futebol quando desembarcou para defender as cores do Flamengo. Contratado como estrela em 2000, o ex-meia voltou a falar de sua breve e frustrante passagem pelo clube carioca. E explicou o insucesso:

- Nós entramos no período de férias, e o Flamengo ia começar a organizar o time de 2001. Aí vem a parte mais louca: eu fui jogador do Flamengo em agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2000, ia dar cinco meses e o Flamengo não tinha me pago nada nesse período - disse, em entrevista ao quadro "Fã de Esporte Entrevista", do canal ESPN Brasil, completando:

- Aí vem a parte mais louca da história: o Flamengo me devia cinco meses de contrato, e o presidente (Edmundo dos Santos Silva) falou: "Eu te libero se você abrir mão de R$ 100 mil" (risos). Eu falei: "Está bem, presidente… Não foi bom para vocês e nem para mim, as coisas não deram certo e eu abro mão". Rescindi o contrato com o Flamengo, voltei a ser jogador do Parma, que me emprestou para o Palmeiras.

Recrutado no mesmo período que Denílson, Alex atuou apenas em 12 jogos e marcou três gols pelo Flamengo. Apesar de brilhar no futebol nacional e ter feito a sua história com a Seleção Brasileira, o antigo camisa 10 teve a sua passagem mais longeva na Turquia, mais precisamente no Fenerbahçe, onde é tido por muitos como o maior ídolo do clube de Istambul.

Confira o relato de Alex na íntegra:

“Eu era jogador do Parma e fui emprestado para o Flamengo de agosto de 2000 até julho de 2001, quando eu teria que retornar à Itália. Pela situação da Seleção, eu fui para os Jogos Olímpicos de Sydney, que foram em setembro de 2000. Então, eu só cheguei ao Flamengo de fato em outubro. Isso é até maluco, porque eu joguei a Olimpíada como jogador do Flamengo. Aí eu jogo outubro e novembro pelo time. Era a Copa João Havelange, que classificava oito equipes para o mata-mata, e o Flamengo não se classifica.

Nós entramos no período de férias, e o Flamengo ia começar a organizar o time de 2001. Aí vem a parte mais louca: eu fui jogador do Flamengo em agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2000, ia dar cinco meses e o Flamengo não tinha me pago nada nesse período. Eu estava seguro com a questão financeira, porque era jogador do Parma, então eu sabia que receberia. Mas, quando acaba o ano, o Palmeiras tinha vaga na Libertadores de 2001, porque tinha ganho a Copa dos Campeões.

Aí o Palmeiras me pergunta se eu não quero voltar para jogar a Libertadores. E, como as coisas não tinham acontecido bem e eu tinha jogado só 12 partidas pelo Flamengo, a maioria delas saindo da reserva, falei que sim, mas havia dois problemas: tinha que acertar com o Parma e com o Flamengo. O Mustafá (Contursi), que era o presidente do Palmeiras na época, falou que com o Parma ele acertava, desde que eu acertasse com o Flamengo. Aí levei a proposta para a Gávea, e o presidente era o Edmundo (dos Santos Silva).

Aí vem a parte mais louca da história: o Flamengo me devia cinco meses de contrato, e o presidente falou: "Eu te libero se você abrir mão de R$ 100 mil" (risos). Eu falei: "Está bem, presidente… Não foi bom para vocês e nem para mim, as coisas não deram certo e eu abro mão". Rescindi o contrato com o Flamengo, voltei a ser jogador do Parma, que me emprestou para o Palmeiras. Esses dias eu fiz a conta: foram 47 dias de Flamengo para mim. De contrato, foram cinco meses, mas, com Seleção e férias, foram 47 dias de Gávea. E eu saí "pagando" o Flamengo ainda por cima (risos)".

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