Clube-Empresa volta a ser tema de de debate no Cruzeiro, que estuda o modelo para fazer a alteração

A Raposa está trabalhando para deixar de ser um clube associativo e virar uma entidade empresarial, o que poderia gerar uma nova realidade para a instituição

A Raposa mudou seu escudo e retirou a coroa, que estava entre os símbolos do clube desde 2004
Uma mudança para virar uma empresa poderá beneficiar o clube no processo de reconstrução-(Reprodução/Cruzeiro)

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Pauta que tem recebido atenção da atual gestão do Cruzeiro, o tema “clube-empresa” foi tema de um bate-papo virtual envolvendo representantes da Raposa, torcedores e integrantes da EY (antiga Ernst & Young), empresa que presta consultoria ao Clube Celeste.

Durante a conversa, que foi realizada na plataforma Clubhouse, os participantes puderam debater os principais detalhes e os desafios da iniciativa, que vem sendo discutida pelo Cruzeiro desde outubro de 2020 com a criação de um grupo de estudos interno.

No início de 2020, Vittorio Medioli, então membro do Conselho Gestor, sugeriu que o clube buscasse essa saída para ter como escalonar e resolver suas pendências financeiras e ainda acabar com o modelo associativo, em que o Conselho Deliberativo possui muita força, gerando disputas políticas por poder que atrapalham a saúde financeira e institucional do clube.

A ideia não vingou quando a proposta foi feita, mas o tema está amadurecendo dentro da atual diretoria, comandada por Sérgio Santos Rodrigues.
O Diretor de Operações do Cruzeiro, Paulo Assis foi um dos representantes do Cruzeiro no bate-papo e chamou a atenção para a importância do projeto para os clubes de futebol.

-Não tenho dúvida de que o futebol precisa ter gestões cada vez mais profissionalizadas. A transformação em clube-empresa vai propiciar que os clubes tenham acesso a recursos que hoje são limitados legalmente, além de atrair investidores e parceiros que hoje encontram certa resistência para participar do mundo do futebol- disse.

Quem também destacou a importância do clube-empresa foi André Argolo, Diretor Executivo de Esportes e que assim como Paulo Assis participa do grupo de estudos sobre o projeto.

-Por mais que a gestão seja bem feita, esteja bem amarrada, ela pode mudar com a entrada de um novo gestor a cada três anos. E quando falamos de uma gestão totalmente profissional, você tem menos riscos dessa gestão ser totalmente alterada. Então a grande vantagem, além da questão tributária, é a de o clube ter um planejamento a médio e longo prazo-considerou.

Vice-Presidente Administrativo e Superintendente de Marketing do Cruzeiro, Edson Potsch ressaltou que outras discussões sobre o tema com participações de torcedores serão feitas nas demais plataformas da Raposa.

-Essa foi apenas uma primeira conversa, o pontapé inicial para que a gente falasse um pouco mais sobre esse assunto. Vamos utilizar outros canais do Cruzeiro para que a gente possa seguir debatendo tudo o que pode ser feito em relação ao projeto- finalizou.

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