ANÁLISE: festival de cruzamentos escancara um dos piores jogos do Cruzeiro no ano
Cruzeiro fez 37 cruzamentos contra o Corinthians

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No sorteio da Copa do Brasil, o Cruzeiro não deu a sorte de definir a semifinal contra o Corinthians dentro de casa. Mas no primeiro jogo, no Mineirão, não teve competência e nem cabeça no lugar para construir uma vantagem ou minimamente ir em igualdade para a Neo Química Arena.
A Raposa não tinha desfalques significativos, entrou em campo com o time titular: Cássio; William, Fabrício Bruno, Villalba, Kaiki; Lucas Romero, Lucas Silva; Christian, Matheus Pereira; Arroyo e Kaio Jorge. Mas talvez a maior baixa tenha sido subestimar um jogo tão importante.
Nas palavras do líder e capitão do Cruzeiro, a equipe entrou com uma 'rotação baixa' no Mineirão. Mas não foi só isso, a equipe não teve cabeça no lugar, nem para colocar a bola no chão, nem para lidar com um jogo de copa, logo uma das equipes mais tradicionais no modelo.
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Cruzeiro jogou por dez minutos no primeiro tempo
Os primeiros 15 minutos de jogo foram muito distintos do que se apresentou o restante da partida. De início, o Corinthians liderou o jogo, passando pela pressão celeste na saída de bola e levou perigo a Cássio, que teve que fazer milagre logo no início.
Entre os 6 minutos e os 15, Kaio Jorge e Matheus Pereira empolgaram o torcedor com jogadas perigosas que pararam em defesas de Hugo Souza e na defesa do Timão. Depois disso, o Corinthians teve o domínio do jogo, com a bola ou sem ela.
Aos 22 minutos, o gol do Alvinegro escancarou a sobrecarga que Kaiki sofreu na primeira etapa. No lado direito, William saiu até o meio de campo para pressionar Bidu. O lateral corintiano conseguiu fazer a bola chegar em Bidon. Kaiki, já mais no meio do que em seu setor, não conseguiu pressionar o meio-campista e deixou Carrillo livre na direita.
O peruano recebeu a bola, teve tempo de avançar e enxergar seus dois atacantes na área. No embate Yuri Alberto e Memphis, contra Fabrício Bruno e Villalba, sobrou organização corintiana e faltou comunicação cruzeirense. O camisa 9 do Corinthians saiu de Fabrício Bruno e foi nas costas de Villalba escorar o cruzamento para Memphis. Fabrício Bruno, talvez enganado pelo 'gato' de Yuri Alberto, foi na direção do gol e não conseguiu se recuperar para marcar o holandês.

No restante do primeiro tempo, um momento muito emblemático mostrou que o problema não foi necessariamente 'raça'. Villalba, mesmo lesionado, seguiu em campo até o intervalo, mesmo mancando muito.
Cruzeiro não dominou o segundo tempo
Após a partida, o técnico Leonardo Jardim analisou que o Cruzeiro dominou a segunda etapa, mas não foi o que se viu no Mineirão e nas estatísticas. A equipe dominou a posse de bola (74%), mas exigiu apenas uma defesa de Hugo Souza, em chute (ou cruzamento) de Arroyo.
No restante da etapa complementar, foram 21 cruzamentos, aproximadamente um a cada dois minutos e meio. O plano não parece promissor e não foi. Na área, costumavam estar Jonathan Jesus (que entrou no lugar de Villalba, mas virou praticamente um centroavante), Christian, Kaio Jorge e Arroyo. Jogadores com 1,87m, 1,78m, 1,82m e 1,76m. Com André Ramalho (1,82m), Gustavo Henrique (1,95m) como dupla de zaga adversária, não foi uma estratégia que rendeu.

Não é cenário de se jogar a toalha, até porque o Cruzeiro já mostrou muita qualidade na temporada. Justamente por isso, uma remontada é completamente possível, mas a atuação no Mineirão é inexplicável.
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