Corinthians sofre com desfalques, e Carille ainda busca time ideal

Técnico admite que ainda não encontrou a melhor formação para o Corinthians em 2018. Ele sofre com desfalques e precisa encontrar soluções para jogo de volta contra o São Paulo

Carille recebeu placa pelos 100 jogos no comando do Corinthians
Daniel Augusto Jr

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Em quase três meses de temporada, o técnico Fábio Carille ainda não achou o time ideal para o Corinthians. O treinador iniciou o ano no 4-1-4-1, passou para o 4-2-3-1, apostou no 4-2-4, voltou para o 4-2-3-1, e no clássico contra o São Paulo adotou o 4-4-2.

Carille sofre desde o início do ano com a falta de um camisa 9 e buscou soluções para o Corinthians atuar sem um jogador como referência. Deu certo logo de cara, no clássico contra o Palmeiras, mas depois o Timão voltou a ter problemas no ataque.

Em suas entrevistas, Carille diz que não lamenta a falta de algum jogador no elenco ou algum desfalque. Afinal, o papel do técnico é justamente criar soluções. Mas não está fácil encontrá-las...

- Estamos buscando o time ainda, isso está muito claro. Não gosto de ficar mudando muito, mas é a necessidade, a circunstância. Tenho um grupo igual, todos sabem o que fazer. Sabemos das nossas dificuldades, mas não tenho que ficar falando "ah, se eu tivesse um jogador assim". Não tenho, então trabalho e deixo tudo organizado para quando entrarem em campo saberem o que fazer - disse Carille, após a derrota por 1 a 0 no clássico contra o São Paulo.

O treinador também está sendo obrigado a mudar o Corinthians por conta dos desfalques. Renê Júnior se lesionou após virar titular e ainda não voltou; Jadson vai para o seu sexto jogo como desfalque; Fagner (Seleção Brasileira), Balbuena, Romero (ambos com a seleção paraguaia), Clayson (pancada no joelho direito) e Rodriguinho (dores na coxa esquerda) não puderam atuar no clássico... São vários problemas para Carille.

Com tantos desfalques e só dois dias de preparação, o treinador resolveu apostar no 4-4-2, com três volantes (Gabriel, Ralf e Maycon) e Júnior Dutra na ponta direita. Não deu certo, e o Timão praticamente não levou perigo ao São Paulo. Carille, por sua vez, explicou que a ideia era controlar mais o jogo e valorizou a atuação da equipe.

- Única coisa que cobrei mais no meu time foi entrar mais no campo do adversário. Mas eles não criaram chances, o Cássio não trabalhou, não teve pressão. Era para controlar o jogo mesmo, porque tinha desfalques e foram dois dias a menos de recuperação (o São Paulo tinha jogado na terça). O que eu também queria era começar a marcação no campo do adversário, e isso não aconteceu - analisou.

Ou seja, o que o Corinthians não conseguiu fazer no Morumbi terá de fazer no duelo de volta, na Arena, na quarta-feira. O Timão precisa vencer para avançar à final do Paulistão (vitória por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis; por dois gols ou mais garante a classificação). E da lista de desfalques, apenas Clayson deve voltar ao time. Carille precisará quebrar a cabeça para encontrar soluções...

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