Questionado sobre fair play, Jô diz: ‘Se tivesse convicção, falaria’

Centroavante do Timão falou sobre o gol que fez com a mão, negou intenção de 'sacanear' e lembrou de lance com Rodrigo Caio. Fábio Carille saiu em defesa de seu jogador

Corinthians x Vasco
Luis Moura / WPP

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Depois de três jogos sem vencer na temporada, o Corinthians voltou a vencer, justamente com um gol de Jô, artilheiro do time em 2017 e que estava há três partidas sem marcar. A bola que balançou a rede, porém, foi em um lance irregular, já que o centroavante corintiano completou cruzamento de Marquinhos Gabriel com a mão.

No entanto, não é o que Jô interpretou no lance. Para ele, o tento da vitória por 1 a 0 sobre o Vasco não teve nada de ilegal, uma vez que ele se jogou na bola e não teve intenção de utilizar o braço na jogada.


- Eu me joguei na bola, não deu para ver. Eu vi que a bola não sei se iria entrar, eu me joguei, agora não sei onde bateu. Se vocês pararam para analisar o lance, o árbitro não tem tempo para isso - declarou o atacante.

Em sua entrevista coletiva, Fábio Carille também demonstrou não ter certeza sobre o lance que originou o gol e falou também dos possíveis pênaltis para o Timão.

- No primeiro lance do Jô acho que não foi nada, no segundo acho que foi, mas só vendo lá, ainda não vi imagens. Sobre pegar na mão dele, teve gente que falou que a bola estava dentro do gol já. Mas também não vi o lance - interpretou o treinador.

O gol irregular de Jô trouxe à tona um lance, em partida válida pela semifinal do Paulistão deste ano, em que Rodrigo Caio confessou para a arbitragem não ter sofrido uma falta cometida por Jô, que acabou levando cartão amarelo pela infração. A advertência suspenderia o corintiano da partida de volta. Devido à confissão do são-paulino, o árbitro cancelou o cartão.

Ao ser lembrado do lance do Paulistão e da atitude do colega de profissão, Jô foi questionado se confessaria ter feito o gol com a mão. A resposta, porém, foi condicionada à sua interpretação.

- Se eu tivesse convicção, falaria, mas eu não tive, tanto é que eu me joguei, fui parar dentro do gol, então não tinha como falar que foi mão ou não foi, eu me joguei. Aí o árbitro interpreta se foi mão ou não. Ele deu gol, então não foi - argumentou antes de comparar sua situação com a de Rodrigo Caio:

- O Rodrigo Caio falou porque tinha convicção. Eu não tinha a certeza. Eu não fiz para sacanear. É ruim ganhar assim. Se tivesse visto, falaria. Tenho que ser exemplo ao meu filho - argumentou.

Fábio Carille, pediu mais honestidade no futebol, mas não julgou a atitude de Jô, pois também não teve convicção do que ocorreu no lance.

- Existe honestidade, e para o futebol ser melhor isso tem que aumentar. Mas tem muita gente em dúvida. Muita gente falou que a bola já estava dentro. Existe a dúvida, é totalmente diferente. Muitas vezes ele pode falar que a bola pegou, mas a bola já estava dentro. Tem "lances e lances" - disse o treinador antes de defender seu centroavante:

- Cada um é cada um. Já falaram da questão da honestidade. Entraram mais dois jogadores com o Jô no lance. O Jô é um cara de caráter positivo demais, por tudo que passou na vida e conseguiu se reconstruir. Mas é um lance de disputa, lance de jogo, e ganhamos por 1 a 0 - concluiu.

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