Corinthians mostra capacidade de reação, mas com velhos problemas

Timão conseguiu virar uma partida em que parecia já batido, apresentando problemas ofensivos, no entanto foi na defesa, novamente, que os defeitos fizeram a diferença

Internacional x Corinthians
Corinthians conseguiu um bom resultado apesar das circunstâncias (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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No empate em 2 a 2 diante do Internacional, no último domingo, o Corinthians teve um desempenho melhor do que nas partidas recentes, mas ainda assim pecou em alguns quesitos que já haviam prejudicado o time recentemente. É verdade que a vitória esteve muito próxima, mas o ponto trazido do Beira-Rio na mala acabou sendo um grande negócio diante das circunstâncias do duelo.

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O primeiro problema que se assemelha aos confrontos anteriores é levar o gol no início de jogo, assim como foi contra o São Paulo. Com um início lento e talvez até "desligado", o Inter chegou facilmente ao ataque e abriu o placar em um lance de vacilo coletivo defensivo. Dali em diante, o time seguiu com enorme dificuldade de construir ofensivamente. A lentidão voltou a aparecer.

Não foi novidade esse desempenho ruim na primeira etapa, nem mesmo a morosidade na troca de passes, já que isso tem virado comum, atém mesmo nas vitórias, como aconteceu contra Bahia e Fluminense, que os três pontos foram conquistados na segunda etapa, em uma melhora de desempenho.

Foi o que aconteceu no Beira-Rio, mas somente a partir do toque de qualidade e habilidade de Gabriel Pereira, que deixou Giuliano na cara do gol para empatar. Aquilo abateu o Inter, e o Corinthians teve a capacidade de reagir e de aproveitar o momento de oscilação para virar. Róger Guedes sofreu pênalti e Fábio Santos converteu para colocar a equipe à frente no marcador.

Pelo comportamento dos dois times, parecia que o Colorado não conseguiria reagir e que o Timão não teria problemas em segurar o resultado até o apito final. No entanto, um lance "incontrolável", segundo Sylvinho, acabou deixando tudo igual. Acontece que, aos 47 minutos do segundo tempo, Gustavo Maia jamais poderia ter o espaço e o tempo que teve para chutar e marcar um golaço. Faltou concentração, combatividade e marcação próxima para evitar.

- O time disputou cada palmo contra o Inter, contra Patrick, Edenílson, Lindoso, Dourado, Moisés, são jogadores fortes, disputamos todos os palmos de campo. Tomamos um gol no último minuto de um grande chute. Não foi que entraram na nossa área, que dominaram o jogo e criaram dez chances de gol. Não, não, não, não. Um chute de fora da área, você não tem previsibilidade - analisou Sylvinho em entrevista coletiva após a partida em Porto Alegre.

O treinador corintiano tem razão quando fala que sua defesa é uma das melhores do Brasileirão por ter menos gols sofridos do que a maioria, mas tem sido bastante nítido que tem faltado mais combate em todo o campo. Bastou um pequeno período de maior intensidade no segundo tempo para conseguir virar o placar e colocar o Inter "contra a parede". Esse fator aliado ao que se pode oferecer em termos de qualidade individual é o que tem faltado ao time.

Em linhas gerais, pela pressão que Sylvinho vive, pela irregularidade nas atuações, pelo confronto direto por uma vaga na Libertadores e pelo que se desenhava o jogo na primeira etapa, o empate não foi um resultado ruim para o Corinthians, mesmo após estar próximo de voltar para São Paulo com uma vitória. Uma nova derrota, novamente jogando mal, seria infinitamente pior.

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