LANCE! Espresso: Corinthians, Jô e um passado pela frente
Alvinegro tenta repatriar atacante diante de um cenário de enorme fragilidade financeira
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, disse que é grande a chance do retorno de Jô até o fim desta temporada. O atacante de 33 anos, que defende o Nagoya Grampus, foi artilheiro e um dos destaques do último título brasileiro do Timão, em 2017.
Ainda que consiga a rescisão com o clube japonês, haverá obstáculos pelo caminho. Apesar de ídolo, Jô chegaria dentro de uma realidade completamente diferente de quando deixou o Parque São Jorge para ganhar um alto salário na segunda divisão japonesa. O Corinthians vive hoje um cenário de extrema fragilidade financeira, ampliada ainda pela paralisação provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Carrega também o imbróglio de um estádio que suga todas as receitas de bilheteria e vê rivais diretos, casos de Flamengo e Palmeiras, por exemplo, com balanços estabilizados e fortes no mercado de transferências. Além disso, o ataque já é um setor com média de idade elevada - Boselli (34) e Vagner Love (35).
Repatriar Jô pode ajudar a atenuar protestos da torcida, mas, diante do quadro econômico e técnico do clube, parece mais uma medida eleitoreira de um presidente cada vez mais isolado e combatido pela oposição. O mesmo dirigente que há poucos dias ainda falava sobre a possibilidade de contratar Carlitos Tevez. O Corinthians planeja o futuro olhando apenas para o passado.
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