Defesa de Augusto Melo entra com petição contra inquérito da VaideBet
Ex-presidente do Corinthians questiona divulgação de informações sigilosas

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A defesa de Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, Apresentou uma petição à Justiça de São Paulo questionando o uso de reportagens da imprensa e a quebra de sigilo no relatório final do inquérito da Polícia Civil, que investiga irregularidades durante o período em que a casa de apostas Vai de Bet patrocinou o Corinthians.
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O documento foi enviado na terça-feira (24) à 2ª vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital/SP, dirigido pela juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, através do advogado Ricardo Jorge.
Embora o documento seja, em sua maior parte, uma crítica ao uso de reportagens como base para as conclusões do inquérito, a petição não contesta diretamente os fatos citados. Em vez disso, solicita providências quanto à divulgação de informações sigilosas à imprensa, o que configuraria violação do segredo de justiça, além de requerer uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil sobre os responsáveis pela quebra do sigilo legal.
Investigações
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público na segunda-feira, dia 23. Em suas aproximadamente 272 páginas, o delegado Tiago Fernando Correia descreve como parte dos recursos do patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet foi desviada para terceiros, supostamente destinada ao pagamento de dívidas de campanha de Augusto Melo, por meio de empresas fantasmas.
O documento usa trechos de reportagens de diversos veículos como forma de sustentação nos argumentos. A defesa de Augusto Melo questionou o método.
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Trecho da petição de Augusto Melo
"Ademais, não causa surpresa que grande parte do conteúdo deste inquérito esteja sendo veiculada de forma ilícita pela imprensa, já que o próprio Relatório Policial se baseia, em sua maior parte, em informações extraídas desses veículos. Tal conduta sugere um possível desvio de atribuição por parte da autoridade policial, que, em vez de fundamentar suas conclusões em investigação própria, recicla material jornalístico para embasar suas conclusões.
O mais preocupante, porém, é a ausência de qualquer investigação de campo. O setor que se autodenomina “inteligência” da Polícia Civil limitou‑se a fazer um “pente‑fino” em fontes públicas e de confiabilidade duvidosa, sem adotar qualquer tipo de checagem prévia da veracidade dos dados. Também não foram realizadas diligências independentes que pudessem comprovar os fatos narrados, o que fragiliza todo o conjunto probatório apresentado"
Indiciamento
Augusto Melo e os ex-diretores do Corinthians, Marcelo Mariano e Sérgio Moura, foram indiciados por lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa. Já Yun Ki Lee, ex-diretor jurídico do clube, foi indiciado por omissão imprópria, caracterizada quando alguém, mesmo tendo o dever legal de evitar um crime, deixa de agir. Ele não havia sido citado no relatório parcial.
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