MUDA, CALENDÁRIO: ‘Fim dos estaduais se faz necessário’

LANCE! traz as sugestões de seus colunistas, blogueiros e de personalidades do esporte para melhorar o calendário do futebol brasileiro. Hoje quem opina é Amir Somoggi

Marco Polo Del Nero, presidente da CBF desde 2015 (Leo Correa / MoWA Press)
'Os estaduais seriam convertidos em divisões menores anuais do Campeonato Brasileiro'  (Leo Correa / MoWA Press)

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No meu entender, a mudança radical que deveríamos tomar é a adequação ao calendário europeu e todas as alterações que visem adaptar o Brasil ao que o ocorre na Europa.

Mas como sei que será muito difícil, tenho uma proposta para o futebol brasileiro considerando o Calendário Gregoriano, entre janeiro e dezembro. O mais importante é dar férias de 30 dias para os jogadores e pré-temporada de 30 dias para os times.

Assim, ao invés da temporada começar com os estaduais, se iniciaria com o Campeonato Brasileiro, não apenas das séries A, B, C e D mas muitas mais. Os estaduais seriam convertidos em divisões menores anuais do Campeonato Brasileiro.

Ao final da pré-temporada os times começam o Campeonato Brasileiro, sempre com jogos aos finais de semana, deixando o meio de semana para Libertadores, Sul Americana, Copa do Brasil, Primeira Liga e Copa do Nordeste. Com a mudança na Libertadores os times grandes poderão jogar bem as duas competições.

O fim dos estaduais se faz necessário pois infelizmente estão limitando o desenvolvimento do futebol brasileiro. Os times menores vivem desses quatro meses e ficam muitas vezes parados o resto do ano.

Para resolver isso um Campeonato Brasileiro regionalizado o ano inteiro para esses clubes e uma fase final nacionalizada em todas as divisões menores resolveria todos os problemas dos clubes brasileiros que atualmente não tem calendário.

Seriam quantas divisões fossem necessárias e assim os clubes teriam atividade o ano todo.

Nesse modelo gera-se emprego, renda e principalmente a possibilidade aos clubes pequenos, médios e grandes desenvolverem seu negócio de forma planejada e com um mínimo de previsibilidade, graças às mudanças no calendário.

Como pagar tudo isso?

As divisões maiores se transformam em ligas e serão autossustentáveis. E as menores além da busca de viabilidade serão bancadas pelos R$ 227 milhões que estão no caixa da CBF atualmente. A entidade lucrou R$ 421 milhões nos últimos 12 anos. Gasta mais de R$ 190 milhões somente em despesas administrativas e pessoal.

Dinheiro não falta para fazer essa revolução.

*Amir Somoggi é consultor de marketing e gestão esportiva e Especialista em Análise Financeira da Academia LANCE!

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