Pressão para todo lado: Paquetá está na berlinda e a diretoria do Botafogo também recebe críticas

Os dois próximos jogos devem ser decisivos para a continuidade ou não do trabalho atual. Diretoria vem sendo alvo de pedidos de demissão e críticas de opositores e sócios

Imagens da Era Marcos Paquetá no Botafogo
(Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

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Os dias que vêm por aí prometem fortes emoções no Botafogo, no campo e nos bastidores. Até porque, apesar de serem apenas quatro jogos, os números terríveis da equipe sob o comando de Marcos Paquetá dão ao jogo contra o Nacional-PAR mais importância ainda. O resultado da partida, além do jogo seguinte, contra o Santos, no sábado, podem decretar o fim da passagem do treinador pelo Glorioso.

Logo após a derrota para o Internacional, dirigentes e personagens influentes do grupo da atual diretoria alvinegra, o "Mais Botafogo", passaram a receber forte pressão pela demissão imediata do comandante. Como se percebe, não houve sinalização pela queda do treinador. Todavia, um resultado ruim nesta quarta-feira deixa o treinador ainda mais a perigo. O duelo do fim de semana é igualmente decisivo.

A diretoria se vê num momento de sofrer com muitas críticas e poucas opções. Em termos de reforços, já declarou que não contratará enquanto houver salários atrasados. E caso demita Marcos Paquetá - que já havia sido uma opção fora dos nomes frequentes da primeira divisão brasileira -, o mercado está restrito. O sempre preferido da torcida Cuca acaba de acertar com o Santos (próximo rival alvinegro).

Aliás, a diretoria também sofre com críticas no campo político. O grande exemplo foi a reunião de semana passada, quando houve protestos pacífico e violento: invasão e depredação da sede do clube. O mote foi a antecipação de receitas que acabou votada pelo Conselho Deliberativo na noite daquela quarta-feira. Sob efeitos do caixa alvinegro, houve avanços.

Foram pagas as parcelas atrasadas do Profut e, nos próximos dias, os salários dos jogadores também serão acertados. O próximo passo, após a antecipação de R$10 milhões relativos ao Pay-per-view, é a obtenção das Certidões Negativas de Débito, que permitem a assinatura de contratos estatais: no caso, o patrocínio já acordado com a Caixa Econômica Federal.

Porém, o mesmo grupo político vem sendo criticado pela oposição e por sócios do clube por uma postura autoritária, especialmente durante as reuniões. Após a última, por exemplo, Mauro Sodré, candidato a vice-presidente na chapa derrotada na última eleição, mostrou indignação com o tempo de fala ao qual teve direito.

Tanto que, nesta segunda-feira, ele encaminhou carta (confira na galeria acima) ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Jorge Aurélio Domingues, reclamando do que chamou de "comportamentos inadequados". Presidente que já havia perdido um dos vices, Luiz Octavio Vieira. Ele renunciou ao cargo por divergências parelhas às expostas na carta de Sodré. Em comum, a postura aparentemente partidária da casa.

Na última segunda-feira, Jorge Aurélio Domingues concedeu entrevista à Rádio Brasil. Na conversa, ele defendeu os atuais dirigentes e afirmou que a atual gestão do clube alvinegro tem sido marcada pela possibilidade de entendimento com a oposição.

- Eles estão sempre abertos a compor e receber a oposição, mas ela é que não se apresenta. Conversar, trocar ideias não tem problema. As gestões do Carlos Eduardo Pereira e do Nelson Mufarrej estão sempre abertas. Naquele dia mesmo da reunião a gente viu declarações utópicas. Precisamos de coisas práticas. Afirmo que estão todos abertos a conversas com a oposição - decretou Jorge Aurélio.

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