Presidente do Botafogo responde a críticas de ex-concorrente e humorista
- Matéria
- Mais Notícias
Sem vitórias nos últimos três jogos da Série B, o Botafogo tem recebido muitas críticas recentemente. O ex-candidato à presidência do clube Marcelo Guimarães, por exemplo, publicou um artigo no qual diz que 'faltam projetos que sinalizem perspectiva de futuro' no clube. Já o humorista botafoguense Felipe Neto escreveu uma carta aberta ao mandatário Carlos Eduardo Pereira, na qual afirma que o presidente deu declarações pífias ao analisar o desempenho recente do Glorioso na Série B.
Carlos Eduardo Pereira, por sua vez, respondeu às críticas, em entrevista ao LANCE!. O mandatário alvinegro disse que estão tentando fabricar uma crise no Botafogo.
- Não cheguei a ler esta carta, mas se ele (Felipe Neto) está se referindo à entrevista que concedi à Rádio Globo, é só ele ouvir outra vez. Não tenho nenhum comentário a fazer, não cabe. O Botafogo está liderando o campeonato da Série B. Infelizmente, estão tentando fabricar uma crise, quando deveríamos estar entendendo o momento pelo qual o clube está passando, tendo que repor o elenco durante a competição e, ainda assim, liderando o campeonato. Este é um momento infeliz, de uso político. São pessoas que não estão preocupadas com o Botafogo, mas estão preocupadas em aparecer. Não vou dar palanque a quem quer aparecer às custas do Botafogo - afirmou o presidente, que foi além na resposta a Marcelo Guimarães.
- Ele nunca me apresentou uma proposta, nada de concreto. O retrospecto dele no clube deixa muito a desejar. Concorreu à eleição e perdeu. Quando você concorre e perde, ou você quer colaborar ou espera a próxima eleição para concorrer. Fora isso, é choro de perdedor - comentou.
VEJA GALERIA ESPECIAL E A SEQUÊNCIA DA MATÉRIA ABAIXO
Confira abaixo trecho da carta aberta de Felipe Neto:
'Foi com um choque absurdo que ouvi suas palavras, em entrevista à Rádio Globo, dizendo que o senhor se encontra satisfeito com o recente desempenho time diante das circunstâncias. Dando justificativas como: "empatamos com o Bahia, que foi o único jogo que eles não ganharam em casa" e "empatamos com o Criciúma, que vinha há sete jogos sem perder".
Não é aceitável vencer apenas 1 jogo em 7. Não é aceitável ser eliminado de forma humilhante com gol de letra em casa para o Figueirense. Não é aceitável ser líder da série B apenas porque os outros times são tão ruins, mas tão ruins, que não conseguem somar pontos o suficiente para nos ultrapassar. Dizer que isso é digno de satisfação é praticamente cuspir na cara do torcedor e chamá-lo de palhaço, principalmente aos 11 mil presentes no empate patético com o Luverdense.
Eleger Mantuano e Antônio Lopes para comandar o futebol foi a decisão mais estapafúrdia, brincalhona e inconsequente que já vi em qualquer gestão deste clube. Estes senhores ultrapassados, sem nenhuma visão do futebol de hoje, estão afundando ainda mais um clube que já sofre há 20 anos com ausência de títulos significativos.
Ter que ver meu time não ter um único centroavante decente no elenco e por isso ter que recorrer a um menino de 17 anos que ainda está no ensino médio, é patético, mesmo esse menino tendo um potencial genial. Ter que ver o senhor dar VINÍCIUS TANQUE e SASSÁ como alternativas me dá ânsia... E, para melhorar ainda mais, saber que o centroavante que seu incrível departamento de futebol trouxe jogava na SEGUNDA DIVISÃO DO FUTEBOL DO EQUADOR. Isso não é apenas má gestão do futebol, isso é um circo.
Um abraço,
Felipe Neto'
Confira também parte do artigo publicado por Marcelo Guimarães:
O QUE QUEREMOS É UM BOTAFOGO FORTE, por Marcelo Guimarães
'É inegável que as condições encontradas no Clube eram muito complicadas. O ex-presidente Mauricio Assumpção, especialmente em função do desmanche e dos desmandos ocorridos em seu segundo mandato, deixou o Clube profundamente desestruturado. Mas é inegável, também, que essas condições eram públicas e todos os pré-candidatos tinham plena consciência das dificuldades e era fundamental que tivessem um plano para fazer frente a tantas urgências.
O Presidente Carlos Eduardo Pereira, passa credibilidade e se expressa com equilíbrio, educação e clareza, mas isso não nos parece o bastante. Em uma análise mais profunda, despida de emoções e bravatas, temos a sensação de que, além de faltar projeto executivo, faltam projetos que sinalizem perspectiva de futuro.
Vemos o Clube sendo tocado exclusivamente por voluntários, sem dedicação exclusiva e não remunerados. À exceção do futebol, que é tocado por profissionais remunerados, ao que sabemos, todo as outras áreas do Clube, são tocadas por voluntários que têm outras atividades profissionais, reproduzindo um modelo superado no futebol.
Nosso desafio visível, que toca a nossa alma de torcedor, é subir para a primeira divisão, e esse é o nosso foco, mas precisamos subir com um mínimo de vigor. O desafio de subir em meio a tantas dificuldades já é muito grande, mas lamentavelmente, se não nos prepararmos já, para o momento seguinte ao nosso acesso, corremos um enorme risco de entrarmos em uma era de profunda instabilidade de performance, com severos impactos sobre o nosso maior amor imaterial.'
MAIS BOTAFOGO:
> Enquanto ataque fica em dívida, defesa do Botafogo exibe bons números
> Presidente do Botafogo e René Simões trocam acusações em programa de rádio
> Botafogo vive seca no ataque e Ricardo Gomes pode fazer mudanças
- Matéria
- Mais Notícias















