Botafogo se prepara para a estreia no Brasileiro feminino Sub-18

Alvinegro começa nese domingo, contra a Ponte Preta, fora de casa, a principal competição de base da modalidade e aposta na preparação física para fazer boa campanha

Treino Botafogo - Time Feminino
Botafogo estreia no Campeonato Brasileiro Sub-18, contra a Ponte Preta (Foto: Talita Giudice)

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O Botafogo dará início a mais um desafio no futebol feminino. A equipe Sub-18 estreia no Campeonato Brasileiro, neste domingo, contra a Ponte Preta, fora de casa. As expectativas no Glorioso são de surpreender dentro de campo e de dar início a um trabalho de longo prazo para a formação de talentos. 

A competição será disputada em quatro fases. Na primeira, os 24 clubes serão divididos em seis grupos, classificando-se para a fase seguinte os primeiros colocados de cada chave e os dois melhores segundos colocados, após jogos em turno e returno. O Alvinegro está no Grupo C: com Ponte Preta, Cruzeiro e São Paulo. 

Há cerca de um mês no clube, o treinador Gláucio Carvalho, que também comanda a equipe principal, deu início a uma reformulação do departamento de futebol feminino do Glorioso. Em entrevista ao LANCE!, ele afirmou que  a aposta na base foi uma escolha acertada do clube e vai dar início a um trabalho capaz de render frutos dentro de poucos anos. 

– O clube precisa apostar na base, tanto no masculino, como no feminino porque é uma das principais fontes de receita e de formação de talentos. No Rio de Janeiro temos uma gama pequena de jogadoras profissionais com o nível de jogo elevado, mas na base é diferente. Jogadoras nascidas entre 2002 e 2003, na minha opinião, são de um nível técnico bem elevado aqui no Rio. Estamos muito felizes em formar um elenco com uma perspectiva boa para o clube. Dando continuidade a esse trabalho, os resultados virão em dois ou três anos, com chances de Seleção Brasileira – disse Gláucio. 

Atleta Dani Rodrigues - Botafogo
Calixto é um dos destaques do time Sub-18 (Foto: Gabriel Baron/BFR)

Estreia no Brasileirão

Para a estreia, no domingo, o técnico aposta na qualidade técnica do elenco. No primeiro ano sob as novas regras da CBF, que exigem que os clubes tenham times femininos adultos e de base, ele ainda desconhece a maioria dos adversários.

– Vamos estrear contra a Ponte Preta. Conhecemos muito pouco os nossos adversários neste campeonato. Mas nosso grupo, pelas características das meninas e pela qualidade técnica, pode surpreender. A comissão técnica vê algumas jogadoras, em um breve espaço de tempo, com potencial de convocação para as seleções brasileiras Sub-20 e Sub-17. O nosso grande adversário na chave, sem dúvidas é o São Paulo, que já vem investindo nas categorias de base e está um passo à frente.

Gláucio Carvalho é também o treinador da equipe feminina adulta do Alvinegro e tem promovido a integração dos grupos, como forma de acelerar o desenvolvimento das mais jovens. As mais velhas, do outro lado, podem passar a experiência acumulada no esporte. A meia Dani Rodrigues, camisa 10 do time principal, vê com bons olhos a relação com as atletas em formação.

– Estamos aos poucos consolidando essa relação. Conversamos muito com o Gláucio sobre o que podemos fazer para ajudar, como podem ser os coletivos, os jogos. É um ambiente bom com muitas brincadeiras, mas em alguns momentos temos que ajudar a discipliná-las para terem uma cabeça mais evoluída. Futebol todas têm, o que faz a diferença na profissão é a mentalidade. As meninas mais jovens às vezes não entendem, mas sempre tentamos mostrar o caminho. É um papel um pouco de educar.

Treino Botafogo - Time Feminino
Botafogo Sub-18 terá seis jogos em doze dias (Foto: Talita Giudice)

Sequência de jogos preocupa

Outra preocupação da comissão técnica é a recuperação das atletas jovens, que terão uma sequência de seis jogos em doze dias na competição. A preparadora física do clube Ana Clara Valle tem feito um trabalho preventivo e já prepara medidas para amenizar os efeitos do desgaste nas partidas.

– O Sub-18 não faz um trabalho tão intenso na academia para que as atletas não cheguem aos jogos desgastadas. Serão seis jogos em 12 dias. É além de um desafio físico, um desafio mental e emocional, porque muitas delas vieram do futsal e nunca disputaram um campeonato de campo. Estamos focados na recuperação física, com crioterapia (banheira de gelo) e rolos de recuperação miofascial para massagens. Serão muitos jogos seguidos para a idade e o lastro de treinamento que elas têm – explicou Ana Clara.

*Sob a supervisão de Aigor Ojêda

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