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Montenegro critica ações do Flamengo por retorno: ‘Tomara que não precise treinar no cemitério’

Dirigente do Botafogo detonou ida do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, à reunião com Jair Bolsonaro em Brasília com objetivo de acelerar a retomada do futebol

Dirigente do Alvinegro é contra as atitudes do Flamengo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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Integrante do Comitê Gestor de Futebol do Botafogo e uma das vozes mais influentes do clube, o dirigente Carlos Augusto Montenegro fez duras críticas, nesta quarta-feira, às movimentações do rival Flamengo para o retorno do futebol. O presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, e o do Vasco, Alexandre Campello, se reuniram com o presidente da República, Jair Bolsonaro, na última terça, para discutir a retomada do esporte no país, com a utilização da capital federal como palco dos jogos e treinos. 

– O Flamengo já enterrou um massagista, tem jogadores e profissionais contaminados. E não entendo isso de jogar em Brasília, pois é uma falta de respeito aos jogadores. Tirar eles das famílias em momento de tensão e recordes de mortes. Tirar das famílias e deixar os jogadores em hotel trancados? Fora da realidade. Não sei bem o que quer o Flamengo. Será que o Campeonato Carioca será contra Gama, Brasiliense? Ou jogará somente com o Vasco ou se querem jogar sozinho. Será que estão pensando em Libertadores com países com problemas sérios?  O Flamengo pode treinar onde quiser. Sair do Ninho e ir para Brasília... Tomara que não tenham de treinar no [cemitério] São Joao Batista, Caju ou Jardim da Saudade – disparou Montenegro, em participação no Programa "Donos da Bola", da Band,  antes de completar:

– Não vejo esse frenesi em relação à volta às aulas em universidades. Esse nervosismo irresponsável eu não vejo no futebol e acho uma vergonha falar que eles querem treinar em um dia que o Brasil tem 1000, 1200 mortes.  Brincam com coisa séria uma doença invisível. Querem levar uma vida normal, quando a vida não está normal. O Campeonato Alemão começou depois do pico e com todo o cuidado. Mas veja a França. As aulas recomeçaram e tiveram que parar. É difícil debater isso? Não custa nada esperar uma semana, 15 dias, um mínimo de segurança. A vida não será normal até a vacina. Que voltemos depois do pico.  

O ex-presidente alvinegro também questionou a eficácia das testagens nos atletas, previstas no protocolo de segurança elaborado pelo clubes cariocas, em conjunto, sem a participação de Botafogo e Fluminense

– E o exames? Se o jogador testou negativo, saiu do treino, tomou uma cerveja,  já pode estar contaminado. A tentativa é de manter as pessoas distanciadas e futebol é contato. Contato é aproximação e distanciamento é outra coisa. Eles estão sendo muito irresponsáveis – finalizou.