Botafogo encara o Vasco sem medo de tabus e de provocações
Glorioso não supera o Cruz-Maltino há seis partidas. Ricardo Gomes garante que Ribamar não vai se intimidar com a 'pimenta' colocada por Rodrigo no início da semana

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As estatísticas no futebol podem ser analisadas de duas maneiras: no gramado, onde, em tese, não há influência; ou entre os torcedores, onde a história é sempre motivo de brincadeiras e provocações. Ricardo Gomes prefere ficar com a primeira opção quando o assunto é o período do Botafogo sem vencer o Vasco. São quase três anos, ou seis partidas, desde o último triunfo. Neste domingo, as equipes se reencontram, mas o técnico do Glorioso descarta qualquer aumento de pressão.
- Pode ser uma simples coincidência. Estou pensando nos treinadores que passaram por lá, com maneiras de jogar diferentes. Então, não tem um encaixe entre as equipes. Não penso assim - afirma.
Dorival Júnior, Adilson Batista, Doriva e, agora, Jorginho estiveram na área técnica do Vasco. Antes de Ricardo Gomes, René Simões, Oswaldo de Oliveira e até Eduardo Hungaro treinaram o Botafogo no período. Mudanças de estilos neste conturbado período em que o Glorioso foi rebaixado uma vez e o Cruz-Maltino, duas.
Não há medo do tabu ou pressão para quebrá-lo. Tampouco há, em General Severiano, preocupação com uma possibilidade de intimidação de Rodrigo a Ribamar. O xerife vascaíno, de 35 anos, afirmou, no início da semana, que o jovem atacante botafoguense, de 18, deu trabalho na primeira partida deste ano porque o defensor estava lesionado. Diogo Barbosa tratou de avisar que “o bicho pegaria para os dois lados”. Ricardo Gomes, por sua vez, bancou a segurança de seu camisa 9.
- Não estou nem um pouco preocupado, vai ser difícil para ele ser intimidado. É um garoto de muita personalidade, muita força. Vai ser difícil intimidá-lo. Mas é uma boa propaganda para o clássico. Boas palavras (do zagueiro vascaíno) e a resposta do Diogo também. Tudo sem agressividade - analisou o treinador.
Na história, a superioridade, assim como razões para as provocações, têm seus períodos de equilíbrio e os períodos em que pendem para um dos lados. No Clássico da Amizade, antes destes anos favoráveis ao Vasco, o Botafogo teve sete vitórias e três derrotas em dez jogos. Desta vez, em São Januário, será visto o que o tabu da vez e as provocações de lado a lado vão gerar de futebol.
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