‘O clube está propondo reflexões’, diz VP de Comunicação do Botafogo

Glorioso entrou no último jogo, contra o Fluminense, sem a Estrela Solitária no escudo. Ação foi para homenagear as mães que criam filhos sozinhas

Botafogo escudo
Botafogo homenageou as mães no clássico contra o Fluminense. Vítor Silva/Botafogo

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No último sábado, o Botafogo chamou atenção dos seus torcedores não só pela terceira vitória consecutiva no Brasileiro, mas também por uma ação antes da bola rolar. Os jogadores alvinegros entraram em campo sem a tradicional Estrela Solitária no escudo. A causa para a retirada do maior símbolo do clube do uniforme foi nobre. O objetivo era homenagear as 11,6 milhões de mães que criam os filhos sozinhas, em alusão ao Dia das Mães, celebrado neste domingo. A ação, em parceria com a ONU Mulheres, apoia o movimento HeForShe (Eles por Elas), que busca engajar homens e meninos pela igualdade de gênero e defesa dos direitos das mulheres e meninas.

Em entrevista exclusiva ao Lance!, o Vice-Presidente de Comunicação do Botafogo, Marcelo Fonseca, revelou como surgiu a ideia da ação e quais os próximos passos do clube para continuar conscientizando os seus torcedores sobre assuntos relevantes para a sociedade.

Quem teve a ideia da ação?
Nós fomos provocados pela agência. O primeiro contato foi feito há dois meses e meio. Nós discutimos até chegar ao formato ideal e apresentar ao Conselho Diretor para validar. A partir daí, começamos a pensar no operacional.

Quais os próximos passos da parceria com a agência e com a ONU Mulheres?
Depois desse trabalho bem sucedido, eu provoquei a agência. Eu pedi mais ideias. Eu me vejo como um canal do clube, que recebe as ideias e as realiza. Existe o interesse de fazermos mais. Sobre a ONU Mulheres, as ações dependem do escopo que elas lidam. O Botafogo tem tido uma agenda, não tão estruturada ainda, voltada ao social. Nós fazemos ações no entorno do Nilton Santos, fizemos uma sobre a conscientização do autismo, a ''Ninguém Cala'', que era relativa ao empoderamento feminino. O clube está propondo reflexões.

Algumas dessas mães tem filhos nas categorias de base dos clubes. Essas ações vão se estender às mães de atletas do Botafogo?
Na ação de sábado, nós envolvemos muito a Maristela Eleutério, assistente social do clube. Ela participou muito da ação e faz um trabalho incrível junto à base. É impressionante como esse trabalho reflete quando os atletas chegam ao profissional. Nós buscamos conscientizar os atletas e famílias através dela.

O clube tem planejado alguma ação para o futebol feminino?
Por enquanto, nada sobre isso. O futebol feminino foi montado agora. Não tenho maiores informações sobre isso ainda. É certo que vamos estruturá-lo. Futebol feminino é uma realidade e precisamos dar vida a isso. Por isso, ainda não alinhamos essas ações.

Como o Botafogo pode atrair mais mães e, consequentemente, mais mulheres para o estádio, aproveitando a boa fase vivida pelo clube?
É uma boa ideia. Nós precisamos mobilizar ainda mais o público feminino. A ação é um assunto que está muito quente ainda na cabeça das pessoas. Eu tenho recebido um retorno muito positivo. Vi atrizes, influenciadoras, pessoas engajadas no empoderamento feminino e profissionais da imprensa elogiando. Com o que fizemos, estamos tangenciando o feminismo.

O Botafogo volta a campo no próximo domingo, contra o Goiás, no Serra Dourada, às 16h. O Glorioso tem nove pontos na competição. O Esmeraldino soma seis. 

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