Às vésperas da chegada de Artur Jorge ao Botafogo, Fábio Matias diz: ‘Fiz o meu melhor’

Treinador interino concedeu entrevista coletiva após a vitória do Alvinegro sobre o Boavista e conquista da Taça Rio

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Fábio Matias à beira do campo durante Botafogo x Boavista (Foto: Vitor Silva / Botafogo)

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Técnico interino do Botafogo, Fábio Matias concedeu entrevista coletiva após a vitória sobre o Boavista, que rendeu ao clube a conquista da Taça Rio. O treinador avaliou a participação alvinegra no Campeonato Carioca e falou sobre o período à frente do Glorioso, que espera a chegada de Artur Jorge, novo comandante do time.

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- Uma das coisas principais que a competição nos deu foi a minutagem dos atletas. Um clube como o Botafogo tem que ter atenção à base, sou suspeito para falar. Essa questão da rodagem dos meninos, atletas que estavam no DM, atletas que precisam de ritmo, hoje tivemos atletas que têm condição de serem titulares na quarta-feira. Isso é fundamental para o Botafogo e fundamental para o tamanho que o Botafogo terá daqui para frente, com Copa do Brasil e Libertadores - comentou Fábio Matias.

- Todas as situações relacionadas a quem virá a melhor pessoa para responder é o John, é concentrado tudo nele. Sou funcionário do Botafogo, não de treinador. Fiz o meu melhor para o Botafogo, fazemos tudo pelo clube. Sou funcionário do clube, sou staff permanente. Em situações de crise, você tem o permanente para sustentar - falou o interino do Glorioso, sobre a chegada de Artur Jorge.

- Tem quarta-feira, você tem que entregar bem. Posteriormente, você tem que perguntar para o John. Se eu elogiar mais, vão achar que é conveniência (risos). Tem que deixar tudo organizado, e fizemos isso. Cabe dizer ao John como as coisas vão funcionar daqui para frente - continuou Fábio Matias.

- John está muito feliz do que está sendo feito, o Alessandro (Brito, head scout) é nosso interlocutor principal nas conversas. John tem confiança. Se ele não tivesse confiança, não ficaríamos tanto tempo à frente. Sem sombra de dúvidas, é um voto de confiança - encerrou.

Fábio Matias deve fazer seu último jogo como comandante do Botafogo na quarta-feira (3), no primeiro compromisso da fase de grupos da Libertadores, contra o Junior Barranquilla, no Nilton Santos. Depois disso, o portguês Artur Jorge - que se despede do Braga em partida contra o Portionense nesta segunda-feira (1) - irá assumir o time. Contudo, apesar de ter sete vitórias e um empate em oito partidas, o interino diz que não existe sentimento de "missão cumprida".

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Fábio Matias durante Botafogo x Boavista (Foto: Vitor Silva Botafogo)

- O trabalho continua, independente de estar à frente como treinador. Nunca é dever cumprido, nossa obrigação é entregar da melhor forma. Tenho que dar suporte para as pessoas que estão vindo. É um início bom com todos os percalços que tivemos. Olha quantos meninos jogaram, isso vale muito. O lateral-esquerdo que jogou hoje estava na Dallas Cup, tiramos ele de lá e ele jogou, olha quanto ganho. Dever cumprido é o que você entrega e larga, eu não sou assim. Minha forma de ser é ajudar. Hoje temos dois profissionais da base, Rafael e Lucas. Além de formar jogadores, estamos formando profissionais dentro do clube para que as pessoas reconheçam o DNA do clube. O Botafogo está fazendo isso.

Diante do Boavista, o Botafogo teve retornos de jogadores importantes que estavam no departamento médico. Luiz Henrique, Jeffinho e Patrick de Paula (este não entrava em campo há 400 dias) participaram da partida após períodos de lesão. Além disso, Rafael fez sua segunda partida de volta do DM.

- Tiveram um ritmo muito bom, mas temos que tomar cuidado porque não queremos que esses jogadores voltem para o departamento médico. Hoje combinamos que seriam 45 minutos para Rafael, Jeffinho e Luiz Henrique. Foi determinado pela performance. Não posso mudar de ideia dentro de campo, aí eu coloco o jogador em risco.

Confira outras respostas de Fábio Matias na entrevista coletiva após Botafogo x Boavista.

- Não estava aqui no ano passado, é difícil comparar (os títulos da Taça Rio). Temos que tirar proveito das situações, mas nós tiramos proveito da Taça Rio. Tinham meninos da base que a torcida não conhecia, serviu para isso. Comparar com o ano passado eu acho ruim. O clube está cada vez mais com uma estrutura maravilhosa, com grandes jogadores, temos jogadores do cenário nacional aqui, que daqui a pouco estarão no nível de Seleção. Mas tudo depende dar continuidade ao processo, também tem que valorizar o que foi feito antes. Hoje nós preparamos para quem vem, minha função é essa. Sempre deixei isso claro durante os 30 e poucos dias que fiquei no Botafogo.

- Temos cinco ou seis meio-campistas que estão entre os melhores do Brasil. Para quem quer ser campeão, são competições difíceis, há essa ideia de equilíbrio. Em jogo tal, joga fulano, no outro, joga ciclano. Temos hoje os melhores meio-campistas, melhores atacantes. Temos um grande trabalho de scout. A missão que os atletas têm está muito clara. Os caras são acima da média, ótimos em termos de trabalho e dia a dia. Eles compram tudo e são ótimos jogadores. Não vejo problema em relação a isso, quanto mais jogadores bons, melhor.

- Precisava quebrar a barreira da base para o profissional. Tínhamos um trabalho muito sólido na base, trabalhei com bons jogadores na base, mais de 20 que estão na Europa, é um privilégio isso. Meu momento é ótimo, sou auxiliar técnico permanente do clube, mas minha ideia a médio e longo prazo é ser treinador. Essa é a experiência que eu preciso hoje. O auxiliar técnico tem que servir hoje, e isso não é fácil. Você tem que ter humildade, compreensão e saber falar. Tudo isso está me capacitando para em médio prazo dar um salto na carreira. Mas muito pelo o que o Botafogo faz por mim.

- Tudo que a gente construiu foi relacionado à questão da Libertadores. Quando a gente vai para o jogo do Boavista lá foi para ter dias de treinos, mas para transferir situações de jogo. Tivemos uma situação facilitada no segundo jogo pelo resultado. Nosso plano era zerar o departamento médico e dar ritmo de jogo a esses jogadores, então é um processo de organização interno que conseguimos executar. Quanto mais jogadores bons tivermos, melhor somos. Vejo como acréscimo. Quanto mais dúvidas tivermos, melhor. Temos 24 atletas de nível alto. Hoje faz você ter condição de brigar por título, e mais de um. Não vejo problema, vejo solução.

- Clube está vivendo um momento muito bom. Temos o foco na Libertadores. A equipe está em uma boa fase, o período de Data Fifa é muito bom para se treinar, avalio que a equipe está em crescimento. Ainda há coisas para melhorar. Fisicamente, vejo os caras um pouco mais soltos. Estamos em um momento bom, mas com margem de crescimento. Ainda temos mais dois cilcos de três para fechar o ano, não adianta dar tudo agora, temos que terminar o ano bem.

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