menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Vice do Galo critica Romeu Zema por não assinar carta contra Bolsonaro

Lásaro Cândido se manifestou em sua conta no "Twitter" contra a não inclusão de Minas Gerais em carta de apoio ao Congresso e repúdio às declarações do presidente do Brasil

Lásaro Cândido disse que vai recorrer da liminar que suspendeu o pagamenro da multa rescisória cobrada pelo clube após a saída de Fred do Galo, em 2017
imagem cameraLásaro criticou a postura de Romeu Zema por não repudiar  ações que atacam a democracia brasileira-(Reprodução)
Avatar
Lance!
Belo Horizonte
Dia 20/04/2020
20:25
Atualizado em 20/04/2020
21:34

  • Matéria
  • Mais Notícias

O vice-presidente do Atlético-MG, Lásaro Cândido, se posicionou sobre a não assinatura do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, da carta de protesto de chefes do Executivo dos estados de apoio ao Congresso nacional e contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que vem criticando parlamentares durante a pandemia do novo coronavírus. 

Lásaro publicou no seu Twitter uma fala de repúdio a Zema por não ter posicionado o Estado de Minas Gerais contra possíveis ações do governo em ataques às instituições.

- Os estados somados formam a União, sendo MG um dos expoentes. A recusa (do governador) injustificada de adesão à luta democrática comum, neste lamentável estágio da vida nacional, expõe o vazio da representação do “Novo” como liderança regional e expõe os mineiros a um nível chocante da nossa história - postou Lásaro.

Romeu Zema foi um dos sete governadores brasileiros que não assinaram a carta que continha um teor de protesto contra o governo federal e dava apoio aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. Além de Zema, não assinaram os seguintes governadores: Ratinho Júnior (PSD-PR), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Antonio Denarium (PSL-RR), Wilson Miranda (PSC-AM), Gladson Cameli (PP-AC) e Coronel Marcos Rocha (PSL-RO). Confira a carta no fim do texto.

Zema justificou a não assinatura como um ato que não deve ter interferência dos governadores estaduais em atos federais.

- Pessoal, por favor, não assinar uma carta não diminui meu apreço ou luta pela Democracia. Não sou a favor da volta do regime militar. Não consigo imaginar como, ainda hoje, um discurso contra a Democracia possa ter eco. Defender a Constituição e as instituições é meu dever! - postou o governador mineiro.

A postura de Lásaro Cândido demonstra alinhamento com defesa das ações de combate ao coronavírus , com o isolamento social como principal arma, contrariando o governador de Minas e o presidente da república, que tentam flexibilizar a volta das pessoas às ruas de forma gradativa, contrariando a indicação de especialistas. 

O futebol no estado está parado desde o dia 16 de março, quando a FMF determinou a suspensão do Mineiro até o dia 30 de abril. Um trabalho vem sendo feito pela entidade que comanda o futebol estadual para que a bola volte até junho, com os estádio vazios. Porém, ainda não há uma decisão concreta sobre o assunto.

Confira a íntegra da carta assinada pelos governadores:

"O Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio ao Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e ao Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diante das declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a postura dos dois líderes do parlamento brasileiro, afrontando princípios democráticos que fundamentam nossa nação.

Nesse momento em que o mundo vive uma das suas maiores crises, temos testemunhado o empenho com que os presidentes do Senado e da Câmara têm conduzido, dedicando especial atenção às necessidades dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios brasileiros. Ambos demonstram estar cientes de que é nessas instâncias que se dá a mais dura luta contra nosso inimigo comum, o coronavírus, e onde, portanto, precisam ser concentrados os maiories esforços de socorro federativo.

Nossa ação nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientações de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando, neste caso, evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas.

Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos.

Consideramos fundamental superar nossas eventuais diferenças através do esforço do diálogo democrático e desprovido de vaidades.

A saúde e a vida do povo brasileiro devem estar muito acima de interesses políticos, em especial nesse momento de crise."

Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias