Incompetência para matar o jogo e drama na bola aérea: a derrota de Zé

Treinador perde clássico após 20 partidas de invencibilidade contra rivais, elogia postura da equipe, mas diz que não jogaram suficiente para vencer: 'Números não entram em campo'

Vasco x Botafogo
Paulo Fernandes/ VASCO

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Se Zé Ricardo não perdia há 20 clássicos, a derrota para o Botafogo na semifinal da Taça Rio veio 'na hora certa'. Afinal, o time ainda tem chance de título do Carioca e o segundo turno pode de nada valer. A eliminação, na verdade, chega para dar um basta em dois aspectos urgentes no Vasco: a incompetência para matar o jogo e o drama da bola aérea.

- Não podemos oscilar tanto. Aumentamos o número de finalizações, o que era algo que eu pedia desde o ano passado. Mas ainda cometemos alguns equívocos. Números não entram em campo, foi uma marca natural. Hoje não deu. Fizemos o que podíamos. Nosso time foi brioso, mas hoje não foi suficiente. Fomos incompetentes em decidir a partida. Sabíamos da bola área do Rabello. Vamos continuar trabalhando - afirma Zé Ricardo.

Tirando o resultado ruim, a atuação do Vasco não foi das piores. O time controlou posse de bola e finalizou algumas vezes. Inclusive, logo após a virada rápida, teve a chance de matar o jogo ainda no primeiro tempo. Rios aproveitou bobeira da defesa, puxou contra-ataque promissor mas o desperdiçou, chutando fraco nas mãos de Gatito. Wagner e Riascos estavam livres.

O desperdício de contra-ataque também aconteceu contra a La U. Naquele jogo, derrota custou caro na estreia da Libertadores:

Como diz o ditado: quem não faz, leva. E poucos minutos após este contra-ataque, Igor Rabello achou lançamento milimétrico nas costas de Fabrício, que não acompanhou a linha de impedimento e deu espaço para Luiz Fernando dominar e fuzilar Gabriel Félix, empatando o jogo em 2x2 ainda no primeiro tempo.

O grande lançamento do zagueiro botafoguense e a falta de atenção do lateral vascaíno culminaram no empate. Mas é o de menos. O que o Vasco mais sofreu foi novamente com as bolas aéreas. Dos últimos quinze gols sofridos, dez foram da mesma forma. No Nilton Santos, decidiu o resultado.

- Não tem lamentação. Tentamos fazer nosso melhor, e o Botafogo foi competente. Fez o gol e conseguiu a vitória. Fazemos trabalhos em busca da perfeição para não sofremos tanto na bola aérea. Posicionamento do corpo, imposição física... são vários motivos. Precisamos trabalhar. Ainda temos chance de conquistar o Carioca. Vamos em busca para não sofrermos tanto - afirma Zé Ricardo.

No último treino antes do confronto, o LANCE! flagrou o trabalho de bolas paradas defensivas da equipe. Confira abaixo:

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