Willian manda o recado: “É preciso esquecer a Copa e seguir em frente”


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O meia Willian vive um momento crucial da carreira. Afinal, 2015 é um ano diferenciado para o jogador, de 26 anos. O Chelsea, líder do Campeonato Inglês, enfrenta nesta terça-feira, às 17h45 (de Brasília) o PSG, no jogão válido pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Além disso, o atleta é um dos remanescentes do grupo da Seleção pós-Copa que segue sendo prestigiado pelo técnico Dunga.

Em entrevista ao L!Net, Willian fala sobre os desafios, como o jogo de logo mais, que o aguardam no ano que tem tudo para ser um dos mais desafiadores e especiais na carreira do meia.

Vocês abriram sete pontos de vantagem na liderança. Isso dá tranquilidade para iniciar essa fase mata-mata da Liga dos Campeões?
Acho que confiança é a melhor palavra. Por estarmos em boa situação no Campeonato Inglês, vamos jogar a Liga dos Campeões com o pensamento de que também podemos ir longe, de que também podemos brigar pelo título. Mas temos de pensar passo a passo. O PSG vai ser um adversário muito complicado, como já foi na última Champions. Vamos nos dedicar ao máximo em todas as competições, sempre respeitando os adversários.

Como é trabalhar com o Mourinho? Qual é o diferencial dele?
Mourinho é um cara qualificado, inteligente, que explica muito bem o que os seus jogadores precisam fazer. Estou gostando muito de trabalhar com ele. Sabe ver os pontos fortes e fracos dos adversários e nos explica pelos vídeos.

Como é ele nos bastidores?
Muitas pessoas me perguntam sobre ele. Para a imprensa e as pessoas de fora o Mourinho pode parecer uma pessoa arrogante, que sempre briga com a imprensa. Ele é duro quando precisa, dá esporro quando é necessário, mas é um cara tranquilo. Brinca com a gente quando é necessário. É um convívio muito tranquilo com ele. Os jogadores gostam de trabalhar com ele 

Como analisa a chegada do Cuadrado? Vai acirrar ainda mais a disputa no meio de campo do Chelsea?
O Cuadrado é um grande jogador, já provou que tem qualidade. É mais um atleta de alto nível que chega para nos ajudar. A disputa por posição no Chelsea é sempre grande, ninguém tem lugar cativo no time. Mas sempre trabalhei para me manter como titular e vou continuar fazendo isso, dando o meu melhor nos treinos e nos jogos. Não posso me acomodar, senão tomam minha posição. Por isso, tento sempre treinar forte e dar o melhor possível nos jogos. 


Willian é uma das peças importantes do esquema de José Mourinho no Chelsea (Foto: Ian Kington/AFP)

Pela Liga dos Campeões vocês terão uma pedreira pela frente. Curiosamente o PSG também tem uma legião de brasileiros. O que esperar do confronto?
Será um grande jogo. Um clássico que teremos logo nas oitavas. Nessa fase não tem jogo fácil. Todas as equipes que chegam até aqui tem qualidade. Nos enfretamos na última temporada e espero que a gente leve a melhor de novo. 

Acredita que estes brasileiros, por serem frequentemente convocados para a Seleção desde o Mundial do ano passado, podem ser o diferencial para decidir o confronto?
Acho que sim.  Jogos como este são decididos no detalhe.  Acho que será um jogão como foi na temporada passada. Quem quiser avançar precisa de atenção. É um jogo tático, que se joga com e sem a bola. E o jogador brasileiro sabe fazer isso muito bem.

Se falou muito na imprensa internacional sobre a uma possível chegada do Messi no Chelsea. Alguém no clube falou algo de concreto sobre essa possibilidade?
Sobre isso li muito o que saiu na internet. Aqui no clube ninguém confirmou nada de concreto. Mas se fosse concretizada a vinda dele seria a maior contratação da história do futebol. É um grande jogador e não é a toa que já venceu o prêmio de melhor do mundo em quatro oportunidades. 

Falando sobre Seleção, como tem sido esse início de trabalho com o Dunga? É um estilo diferente em relação ao do Felipão?
Cada treinador tem sua maneira de trabalhar. Os dois são grandes técnicos. O Dunga tem um estilo particular. Comanda treinos específicos de posse de bola, finalização. Tem sido treinos legais. A equipe vem entrosando e ganhando confiança.

Até que ponto iniciar um ciclo vencendo seis jogos é importante para os jogadores que estavam naquele grupo da Copa reconquistarem a confiança do torcedor?
Acho que os resultados fazem com que a confiança seja reconquistada. Claro que o que aconteceu na Copa deixou todos tristes. É como o Dunga sempre fala para quem estava no grupo do Mundial: É preciso esquecer a Copa do Mundo e seguir em frente. As seis vitórias fazem com que o torcedor volte a ter confiança na Seleção. Vamos brigar pelo títulos que teremos pela frente.

Vocês tem uma Copa América e uma das Eliminatórias mais complicadas pela frente. Quem são seus principais rivais e o Brasil deixou de ter uma "vida fácil" para chegar até o Mundial?
Todos os adversários são difíceis. Já conhecemos alguns adversários e vencemos eles recentemente. Teremos dificuldades na Copa América e nas Eliminatórias. Uruguai, Argentina, Chile, Colômbia e Equador creio que nos darão mais trabalho. Só que o Brasil vai brigar pelo título e estará na próxima Copa. A Seleção vai voltar ao topo.


 

 




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