Seis jogos em 20 dias: Santos tem último respiro antes de maratona


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Os próximos dias serão os últimos de tranquilidade e calmaria pelos lados da Vila Belmiro. A partir de domingo, o time entra em uma maratona de jogos importantes, quando não poderá mais errar. Por isso, a semana livre para treinos é tratada com extrema importância pelo técnico Oswaldo de Oliveira e pela comissão técnica.

Se tudo correr como previsto pelo Peixe, após o clássico contra o Palmeiras, o Alvinegro terá o duelo contra a Ponte Preta, pelas quartas de final do Paulistão, o eventual duelo semifinal (sábado ou domingo), a estreia na Copa do Brasil, contra o Mixto-MT, em Cuiabá, na outra quarta-feira (2 de abril), e, enfim, a decisão do Estadual. Podem ser seis partidas importantes em um intervalo de apenas 20 dias.

Com tantos confrontos em tão poucos dias, Oswaldo sabe que não terá muito tempo para treinar. Por isso, esta semana deve ser utilizada para os ajustes finais na equipe antes da maratona decisiva.

– Isso (semana para trabalhar) é fundamental, é muito bom. É o tempo que você tem para a equipe trabalhar mais de acordo com aquilo que você quer. Por outro lado, fica todo mundo na expectativa de que o time arrebente após uma semana de treinos, jogue melhor do que é, e não é por aí. O que eu vou produzir nessa semana não é só para o próximo jogo, é para as finais do campeonato e para a formação geral do time – disse.

Depois de ganharem folga na última segunda-feira – algo raro –, os titulares se reapresentam nesta manhã no CT Rei Pelé. Terça e quarta-feira, os treinos serão em dois períodos, com foco na parte física. Já os reservas fazem jogo-treino contra a Portuguesa Santista. A partir de quinta, Oswaldo deve intensificar os trabalhos táticos e técnicos.

Mesmo tendo ótima campanha neste começo de ano, o treinador santista ainda vê deficiências e pontos a melhorar no time para o mata-ta. A hora de corrigir é agora!

AROUCA SE DESTACA NOS TREINOS

Aos 27 anos de idade, o volante Arouca é o destaque do Santos nas avaliações físicas. Motorzinho do time, ele participou de 13 dos 14 jogos da equipe na temporada, tendo feito dois gol.

Segundo o preparador físico Ricardo Rosa, Geuvânio é outro que tem tido bom desempenho, enquanto o lateral-direito Cicinho foi o jogador que mais acusou o desgaste após o empate contra o Rio Claro, no último domingo.

Rosa fez questão de destacar também o desempenho dos atletas que não vinham sendo titulares.

– O David Braz, sem ter jogado 90 minutos em nenhuma outra partida no ano, se portou bem durante o tempo todo no domingo. O Alison se comportou muito bem também e estava sem jogar há um bom tempo – afirmou o preparador, que mostrou otimismo para a reta decisiva.

– A grande jogada da preparação física é saber equilibrar a carga de quem está jogando e quem só viaja. A gente vem tendo uma experiência legal há cinco anos, sempre decidindo o Paulista. É um trabalho que deixa a gente contente – comentou.

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Como você pretende utilizar essa última semana livre para treinar?
A gente vai começar gradativamente, com um jogo-treino para dar ritmo para quem não jogou, enquanto os titulares fazem um trabalho regenerativo. Assim, a gente recupera melhor quem jogou e acelera a preparação física dos atletas que não atuaram recentemente.

O Santos este ano está com um ritmo intenso, jogando com velocidade... Isso afeta a recuperação?
Isso realmente acontece. O estilo do time, veloz, de contra-ataque, acaba gerando um desgaste maior – e isso é todo jogo. Até pelos placares elásticos, a gente acaba se entregando mais. Não tem adversário fácil e os campos do interior também não ajudam. O Paulista é um campeonato muito difícil, há um desgaste muito grande. Para piorar, a gente sai do Estadual e já vêm o Brasileirão.

Apesar de ter muitos jogadores no departamento médico, o time não vem sofrendo tanto com lesões musculares nessa temporada. Por que?
Hoje não temos nenhum jogador no DM por lesão muscular. Dificilmente você vê a equipe desfalcada por mais de um titular por problema muscular. Em 2013, por exemplo, no Brasileiro, nunca tivemos mais de um titular fora da equipe fora por lesão muscular. Evoluímos nesse sentido, mas é difícil apontar um motivo. São vários.

O que tem feito diferente?
No regenerativo, uso uns rolinhos para massagear, depois piscina, banheira quente e gelada. Para os reservas, um trabalho para fortalecer musculatura profunda. É um tipo diferente de musculação.

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