Santos e Teisa: presidente de comissão não vê conflito de interesses


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A informação de que há dois membros do Comitê de Gestão do Santos que têm participação na Teisa (Terceira Estrela Investimentos) gerou reclamação de torcedores e conselheiros. Eles afirmam que há conflito de interesses e que isso fere o estatuto.

O parágrafo terceiro do artigo 61 do regimento interno do clube determina que "Os membros do Comitê de Gestão são impedidos de ter qualquer tipo de relacionamento profissional com o Santos, direta ou indiretamente, ou ser procurador de atletas, empresário de atletas, agente de atletas ou sócio de pessoas jurídicas que exerçam tais atividades".

No entanto, Ricardo Campanário, presidente da Comissão de Estatuto do Peixe, não vê problemas. No entanto, ele faz questão de ressaltar que essa é uma opinião pessoal e não a da comissão que preside.

– A meu ver não é este o caso da Teisa que, segundo seu estatuto, é uma investidora que realiza transações (aquisições e cessões) envolvendo o direito econômico de atletas. Além disso não há membros do CG que sejam sócios diretores da Teisa. Não passam de investidores, sem qualquer poder de gerência, o que, na minha opinião, não caracteriza eventual relacionamento profissional. Sendo assim, embora seja este um assunto polêmico e sensível, não acho que o artigo 61 do estatuto do Santos, da forma como está redigido, crie algum impedimento para os atuais membros do Comitê de Gestão - afirmou ao LANCE!Net, por email.

Campanário, no entanto, faz uma ressalva:

- O Código de Ética e Conduta, cujo debate em Plenário estou tentando iniciar ainda este ano, deverá ser mais explícito em relação à questão.

Os nomes dos membros do Comitê que são investidores da Teisa não foram divulgados. Atualmente, além do presidente Odílio Rodrigues, fazem parte da cúpula alvinegra: Francisco Cembranelli, José Berenguer, José Paulo Fernandes, Luiz Cláudio de Aquino, Luiz Fernando Fleury, Ronald Luiz Monteiro e Thiers Fleming.

Principal executivo da Teisa, Alexandre Bourgeois acredita que problemas políticos ou a eleição presidencial do ano que vem não devem atrapalhar a parceria.

- Não influencia muito, não. Trabalhamos para trazer jogadores ao Santos, a eleição não faz parte do nosso horizonte - disse.

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