Representante do Metalist garante investimentos no clube

Edinho - Qatar (Foto: Divulgação)
Edinho - Qatar (Foto: Divulgação)

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A crise na Ucrânia por conta do movimento separatista da Crimeia (território foi anexado à Rússia após referendo popular) ainda repercute no Metalist, clube tem que seis brasileiros. Depois de revelar problemas financeiros e o sumiço do presidente Sergey Kurchenko (aliado do presidente deposto da Ucrânia Viktor Yanukovich), o LANCE!Net entrou em contato com Jader Brazeiro, representante do clube ucraniano no Brasil, que explicou a situação por lá.

De acordo com Jader, os vencimentos dos atletas estão em dia, mas houve um problema com os pagamentos, que acabaram prejudicados com a ausência de Kurchenko. O repesentante do clube garante que o dirigente voltou ao comando, porém sem voltar a Kharkiv - segundo o L! apurou, os salários ficaram atrasados em dois meses.

- Ele (Kurchenko) saiu de cena, mas continua sendo o presidente. Estão todos com os salários em dia, e na cidade não teve nada. Todos no clube estão trabalhando. Claro que a crise afetou um pouco, porque era aliado do presidente da Ucrânia (que, por sua vez, fazia parta do grupo aliado a Vladimir Putin, mandatário da Rússia) - afirmou.

Questionado sobre a saída do treinador Myron Markevich em meio aos problemas no clube, Jader afirmou que o medo de um colapso financeiro foi determinante para essa situação:

- O antigo treinador tinha medo de falência do clube. Os salários atrasados poderiam promover uma saída dos jogadores, mas tudo foi normalizado.

Com a ausência de Kurchenko, inclusive, a torcida fez um movimento pedindo a volta do antigo presidente, Oleksandr Yaroslavsky, com medo da falência. Segundo Jader, há planos para mais investimentos na próxima janela europeia de transferências, entre junho e agosto, e o Metalist voltará a buscar reforços.

Na terça-feira passada, Kurchenko e o ex-presidente da Ucrânia apareceram em uma lista divulgada pela Casa Branca, nos Estados Unidos, que impõe sanções do país americano e da União Europeia a eles. Os ex-dirigentes terão restrição, entre outras, de liberação de visto.

Sergey Kurchenko, de 28 anos, despontou na Ucrânia como um novo rico. Há dois anos, ele investiu 800 milhões de dólares (R$ 1,873 bilhão) na compra de ativos e consolidou a fortuna de 2,4 bilhões de dólares (R$ 5,62 bilhões) por meio do comércio de gás. Hoje é detentor da maior fatia do mercado de energia da Ucrânia. Há uma semana, teve os ativos congelados pela União Europeia acusado, com mais outras 17 pessoas, de desvio de verba.

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