Renato comenta acidente com Robert: ‘Não posso amarrar o jogador’


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O técnico Renato Gaúcho comentou nesta sexta-feira sobre a situação do meia-atacante Robert, que sofreu um acidente automobilístico na última segunda voltando da cidade de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, para o Rio de Janeiro. O treinador ressaltou que conversa muito com os jovens jogadores e que as más companhias acabam influenciando-os para um caminho que nem sempre é o correto.

- A minha parte eu faço. Amarrar o jogador eu não posso. Eles não são mais crianças. Muitos deles já são até pais de família. Não adianta colocar a mão na cabeça, os pais também têm parcela de culpa. É muita mordomia, não estou falando só do Robert. Espero que ele melhore, que esteja com o grupo logo, mas fica o recado. Eles têm uma idade suficiente para saber o que querem. E conselhos eles têm, e dos bons. Infelizmente, por causa das companhias, acabam ficando pelo caminho - explicou.

Renato também falou sobre o caso de trazer esses jogadores para morar perto do clube e voltou a afirmar que os falsos amigos acabam se aproveitando do status de jogador do atleta para se dar bem através deles.

- Eu falo muitas vezes para diretoria, para os jogadores, eles precisam morar perto do clube. Não adianta falar que é garoto e que não está ganhando bem, porque ganha bem. Infelizmente, eu sempre aconselho os garotos. Mas infelizmente são sempre os companheiros. Não querem escutar os conselhos, aí quem está com eles tem o choppinho pago, a entrada da boate, não tem responsabilidades.

Por fim, o treinador falou sobre os conselhos que passa para os jovens que trabalham com ele no Tricolor e lembrou que mesmo com uma idade tão baixa, eles devem ter responsabilidades, lembrando que com 19 anos já havia sido convocado para a Seleção Brasileira e com 20 conquistou o Mundial Interclubes com o Grêmio.

- Estamos cansados de dar conselhos. O jogador que joga em clube grande precisa ter responsabilidade. Eu com 19 anos já estava na Seleção Brasileira e com 20 já era campeão do mundo. Morando perto do clube, as chances seriam menores. As companhias, às vezes, acabam terminando com a carreira de um jogador. Se o treinador obriga a morar perto do clube, vão falar que nós temos cabeça de 40, 50 anos atrás - finalizou.


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