Protestos modificam estratégia dos Jogos Rio-2016

INFO Maracanã - Fluminense x Vasco
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Os protestos que se alastraram pelo país já provocaram modificações na organização dos Jogos Rio-2016. Presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio que reúne os três níveis de governo e monitora as obras de preparação para o evento, Marcio Fortes afirmou que o objetivo, agora, será o de explicar os gastos tendo por contraponto o legado e seus benefícios para a população.
Nessa mudança de postura, vale até contrariar diretrizes do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ao se fazer comparação entre os gastos feitos pelo Rio e outras cidades-sedes dos Jogos.

L!Net - Uma das bandeiras dos protestos realizados foi a do gasto com a Copa do Mundo. Como a APO passou a tratar essa questão e a necessidade de explicar os benefícios do legado dos Jogos?
Qualquer número é sujeito a elogio ou crítica. O que não podemos é liberar esse número friamente. Se disser que a instalação custou dez, alguém vai dizer que em outro lugar custou oito. Então, primeiramente, tenho de dizer quanto custaria aquela unidade em cidades que realizaram Olimpíadas. Segundo, preciso explicar as diferenças entre essas instalações. Se têm cobertura, ar-condicionado, tem de diferenciar, porque o número frio não diz nada. A obrigação da comunicação é fazer a comparação e dizer o que tem em relação aos outros.

L!Net - O COI não aprova esse tipo de comparação entre as cidades, sob a justificativa de que as realidades são diferentes.
Mas esses são recursos do Governo Federal, não são recursos do Comitê Organizador ou do COI. São decisões do governo brasileiro. A divulgação diz respeito aos três governos: federal, estadual e municipal. O próprio COI tem se manifestado no sentido de que as instalações não devem ser caras, que não pressionem os orçamentos públicos e tenham a participação da iniciativa privada.

L!Net - Os questionamentos em relação à Copa ocorreram por erro na forma de se explicar os investimentos e seus legados?
Não acompanhei a liberação dos valores. Talvez, aí, tenha sido um problema. Acompanhei foi a discussão de que o custo das obras passou de tanto para tanto. E os críticos se aproveitaram desse quadro. Acho que sempre é tempo de explicar o porquê do aumento.

L!Net - A estratégia de procurar explicar os gastos em comparação com outras cidades dará certo?
Acho que quando se tiver os valores é necessário que se explique. Mas ainda não tenho como explicar. À medida em que saem os valores, poderei dar as explicações.

L!Net - E quais são os números do orçamento dos Jogos? Já que o valor de R$ 28,8 bilhões apresentado na candidatura está defasado.
Os números da candidatura eram de referência. Naquele momento, o Ministério do Esporte contratou uma consultoria internacional para disponibilizar os custos de instalações esportivas em todo o mundo e foi feita uma média. Tínhamos na relação entregue ao COI, projetos do PAC em execução, já com valores, e outros que estavam em fase de planejamento, sem orçamento. Vamos separar aquilo que é inerente aos Jogos e o que é política pública, que seria feito de qualquer maneira. Aí, teremos um número concreto.

L!Net - O que o senhor considera como obras de política pública e que estão na conta dos Jogos?
Ao fazer um investimento em hotelaria, beneficio aos Jogos, mas para a cidade também. Investimento em aeroporto não pode estar na soma, porque essa obra está no PAC desde 2007. Há contas que vêm da Copa do Mundo. O local das Cerimônias de Abertura e Encerramento dos Jogos é o Maracanã. E ele já foi reformado para a Copa. Não entra na conta dos Jogos. O BRT Transcarioca (ligação entre Aeroporto Tom Jobim e a Barra da Tijuca) também é por conta do PAC da Mobilidade da Copa. Mas tudo isso está no dossiê de candidatura. Então, temos de separar o que é da Copa, o que é do PAC , o que é dos Jogos.

L!Net - O senhor projeta para quando a divulgação dos números finais dos gastos?
Quero deixar claro que não estamos trabalhando às escuras. Temos uma ordem de grandeza mas ela não é exata e, por isso, não a divulgamos. Mas acho que nos quatro primeiros meses do ano que vem já teremos todos esses números consolidados.

L!NET - O senhor teme que protestos ocorram em 2016?
Temos de ver o comportamento da população durante a Copa e o entendimento dos gastos que foram feitos. Mas dar qualquer opinião, agora, seria um exercício de futurologia.

Os protestos que se alastraram pelo país já provocaram modificações na organização dos Jogos Rio-2016. Presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio que reúne os três níveis de governo e monitora as obras de preparação para o evento, Marcio Fortes afirmou que o objetivo, agora, será o de explicar os gastos tendo por contraponto o legado e seus benefícios para a população.
Nessa mudança de postura, vale até contrariar diretrizes do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ao se fazer comparação entre os gastos feitos pelo Rio e outras cidades-sedes dos Jogos.

L!Net - Uma das bandeiras dos protestos realizados foi a do gasto com a Copa do Mundo. Como a APO passou a tratar essa questão e a necessidade de explicar os benefícios do legado dos Jogos?
Qualquer número é sujeito a elogio ou crítica. O que não podemos é liberar esse número friamente. Se disser que a instalação custou dez, alguém vai dizer que em outro lugar custou oito. Então, primeiramente, tenho de dizer quanto custaria aquela unidade em cidades que realizaram Olimpíadas. Segundo, preciso explicar as diferenças entre essas instalações. Se têm cobertura, ar-condicionado, tem de diferenciar, porque o número frio não diz nada. A obrigação da comunicação é fazer a comparação e dizer o que tem em relação aos outros.

L!Net - O COI não aprova esse tipo de comparação entre as cidades, sob a justificativa de que as realidades são diferentes.
Mas esses são recursos do Governo Federal, não são recursos do Comitê Organizador ou do COI. São decisões do governo brasileiro. A divulgação diz respeito aos três governos: federal, estadual e municipal. O próprio COI tem se manifestado no sentido de que as instalações não devem ser caras, que não pressionem os orçamentos públicos e tenham a participação da iniciativa privada.

L!Net - Os questionamentos em relação à Copa ocorreram por erro na forma de se explicar os investimentos e seus legados?
Não acompanhei a liberação dos valores. Talvez, aí, tenha sido um problema. Acompanhei foi a discussão de que o custo das obras passou de tanto para tanto. E os críticos se aproveitaram desse quadro. Acho que sempre é tempo de explicar o porquê do aumento.

L!Net - A estratégia de procurar explicar os gastos em comparação com outras cidades dará certo?
Acho que quando se tiver os valores é necessário que se explique. Mas ainda não tenho como explicar. À medida em que saem os valores, poderei dar as explicações.

L!Net - E quais são os números do orçamento dos Jogos? Já que o valor de R$ 28,8 bilhões apresentado na candidatura está defasado.
Os números da candidatura eram de referência. Naquele momento, o Ministério do Esporte contratou uma consultoria internacional para disponibilizar os custos de instalações esportivas em todo o mundo e foi feita uma média. Tínhamos na relação entregue ao COI, projetos do PAC em execução, já com valores, e outros que estavam em fase de planejamento, sem orçamento. Vamos separar aquilo que é inerente aos Jogos e o que é política pública, que seria feito de qualquer maneira. Aí, teremos um número concreto.

L!Net - O que o senhor considera como obras de política pública e que estão na conta dos Jogos?
Ao fazer um investimento em hotelaria, beneficio aos Jogos, mas para a cidade também. Investimento em aeroporto não pode estar na soma, porque essa obra está no PAC desde 2007. Há contas que vêm da Copa do Mundo. O local das Cerimônias de Abertura e Encerramento dos Jogos é o Maracanã. E ele já foi reformado para a Copa. Não entra na conta dos Jogos. O BRT Transcarioca (ligação entre Aeroporto Tom Jobim e a Barra da Tijuca) também é por conta do PAC da Mobilidade da Copa. Mas tudo isso está no dossiê de candidatura. Então, temos de separar o que é da Copa, o que é do PAC , o que é dos Jogos.

L!Net - O senhor projeta para quando a divulgação dos números finais dos gastos?
Quero deixar claro que não estamos trabalhando às escuras. Temos uma ordem de grandeza mas ela não é exata e, por isso, não a divulgamos. Mas acho que nos quatro primeiros meses do ano que vem já teremos todos esses números consolidados.

L!NET - O senhor teme que protestos ocorram em 2016?
Temos de ver o comportamento da população durante a Copa e o entendimento dos gastos que foram feitos. Mas dar qualquer opinião, agora, seria um exercício de futurologia.

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