Pato cobra presença da diretoria e vê saída de Osorio como tragédia


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Protagonista do elenco do São Paulo, um paranaense de Pato Branco pediu para conceder entrevista coletiva após a derrota para o Ceará na Copa do Brasil e, com personalidade, cobrou a diretoria por mais respaldo ao elenco e os jogadores por mais luta para manter o técnico Juan Carlos Osorio. A postura e a descrição poderiam caber ao capitão Rogério Ceni, mas foi Alexandre Pato quem assumiu a responsabilidade nesta sexta-feira no CT da Barra Funda.

O atacante, que chegou a 20 gols na temporada, já havia concedido duas coletivas em menos de um mês e nem seria o escolhido pela assessoria de imprensa do Tricolor para falar nesta sexta. Ainda assim, o jogador de 25 anos procurou um dos profissionais do clube e disse: "Vão precisar de mim, não vão?". Houve certa relutância em escalá-lo novamente, mas Pato insistiu e mostrou firmeza bem distante daquela figura "feliz e tranquila" dos tempos de Corinthians logo na primeira resposta à imprensa.

- Se o professor Osorio sair (a seleção mexicana deve procurar o técnico), o São Paulo vai perder muitas coisas, o Brasil perderá um treinador importante e diferente. O São Paulo não pode fazer a besteira de perdê-lo neste momento. Perder alguém como ele seria uma besteira e uma tragédia. É normal que tenham propostas de clubes e seleções por um treinador bom. Ele decidirá o que é melhor, mas não deveríamos perdê-lo - disparou.

Pato reconhece que os atletas têm pecado nas finalizações e dado vida até a adversários mais frágeis pelo excesso de chances perdidas. A capacidade de autocrítica, no entanto, não faz com que o artilheiro coloque apenas sobre o grupo de jogadores a responsabilidade pela má fase são-paulina. Para ele, é preciso que a diretoria também se apresente e se posicione para o elenco e para a torcida, também criticada pelo astro.



- Não sei como é o trato da comissão técnica e diretoria, não sei quem pode falar. Mas, sim, acho que a diretoria pode chegar mais perto do grupo, explicar o planejamento, falar o que vai ser feito. O técnico é muito inteligente, que faz o melhor pelo grupo, então temos que respeitar e dar a vida por ele. Temos grandes jogadores que se cobram e resolvem tudo no vestiário, mas precisamos começar a matar os jogos - alertou, antes de prosseguir sobre os torcedores:

- Foi estranho ver uma parte vaiar e outra apoiar. Elas precisam chegar a um encontro: ou torcer, ou xingar. E é muito melhor apoiar neste momento. É disso que precisamos. Vai ser melhor para sair dessa. Ela tem o direito de cobrar, de vaiar e xingar quem eles quiserem. Mas quanto mais apoiarem é melhor. E em uma situação ruim, delicada, você precisa de um torcedor que ajude, e não critique - ponderou.

A entrevista de aproximadamente 30 minutos ainda foi recheada por críticas à possibilidade de Rafael Toloi ser vendido à Atalanta (ITA) e também à dificuldade dos jogadores, dirigentes e jornalistas entenderem que os métodos de Juan Carlos Osorio, que pode aceitar uma proposta da seleção do México, precisam de tempo para serem implantados.

Outra novidade da manhã desta sexta-feira no clube também ficou por conta da lesão detectada no joelho de Luis Fabiano. O centroavante saiu machucado na derrota para o Ceará e foi submetido nesta sexta a exames, que confirmaram um estiramento no ligamento colateral medial. O prazo de recuperação é de três semanas a um mês.

Confira outras respostas de Alexandre Pato nesta sexta-feira:

Como encarar as críticas da torcida?
Se você ouve as críticas, tem que tentar crescer em cima delas. Se você s deixa abater, é mais difícil de se reerguer. Temos que nos reerguer, esquecer o que aconteceu e trabalhar para melhorar. Só a gente pode mudar isso com trabalho e vitórias, ainda mais dentro de casa.

Osorio está com dificuldades em fazer os atletas entenderem suas filosofias?
Qualquer treinador e jogador eu vou proteger, porque passam a maioria do tempo comigo. Não é culpa de ninguém. Estamos pecando em alguns momentos e os rivais fazem os gols. Ele veio com o modo de jogar e eu penso que deva insistir, porque sonha em construir algo novo. Tem o grupo na mão e sabe que estamos focados. Ele é muito inteligente, muito bom... Perder alguém como ele seria uma besteira e uma tragédia, como no caso do Toloi.

Mesmo o rodízio será compreendido?
Não é só o jogador entender, é a imprensa também. No Milan também fazíamos um rodízio, porque tinha Copa Itália e jogavam outros atletas. Todos precisam entender isso. O brasileiro vê isso como algo novo, diferente, e é preciso ter muita confiança no treinador. Todos se sentem úteis, focados para jogar. Isso vai valer lá na frente, em outubro, novembro, quando alguns times estarão cansados e não conseguirão chegar.

O desmanche (sete jogadores negociados) tem atrapalhado?
Estamos perdendo jogadores e seria uma tragédia perder um jogador como o Toloi. O tipo de treino do Osorio é europeu e o São Paulo só tem a ganhar. Se torcida e diretoria derem confiança, teremos grandes coisas.

Protagonista do elenco do São Paulo, um paranaense de Pato Branco pediu para conceder entrevista coletiva após a derrota para o Ceará na Copa do Brasil e, com personalidade, cobrou a diretoria por mais respaldo ao elenco e os jogadores por mais luta para manter o técnico Juan Carlos Osorio. A postura e a descrição poderiam caber ao capitão Rogério Ceni, mas foi Alexandre Pato quem assumiu a responsabilidade nesta sexta-feira no CT da Barra Funda.

O atacante, que chegou a 20 gols na temporada, já havia concedido duas coletivas em menos de um mês e nem seria o escolhido pela assessoria de imprensa do Tricolor para falar nesta sexta. Ainda assim, o jogador de 25 anos procurou um dos profissionais do clube e disse: "Vão precisar de mim, não vão?". Houve certa relutância em escalá-lo novamente, mas Pato insistiu e mostrou firmeza bem distante daquela figura "feliz e tranquila" dos tempos de Corinthians logo na primeira resposta à imprensa.

- Se o professor Osorio sair (a seleção mexicana deve procurar o técnico), o São Paulo vai perder muitas coisas, o Brasil perderá um treinador importante e diferente. O São Paulo não pode fazer a besteira de perdê-lo neste momento. Perder alguém como ele seria uma besteira e uma tragédia. É normal que tenham propostas de clubes e seleções por um treinador bom. Ele decidirá o que é melhor, mas não deveríamos perdê-lo - disparou.

Pato reconhece que os atletas têm pecado nas finalizações e dado vida até a adversários mais frágeis pelo excesso de chances perdidas. A capacidade de autocrítica, no entanto, não faz com que o artilheiro coloque apenas sobre o grupo de jogadores a responsabilidade pela má fase são-paulina. Para ele, é preciso que a diretoria também se apresente e se posicione para o elenco e para a torcida, também criticada pelo astro.



- Não sei como é o trato da comissão técnica e diretoria, não sei quem pode falar. Mas, sim, acho que a diretoria pode chegar mais perto do grupo, explicar o planejamento, falar o que vai ser feito. O técnico é muito inteligente, que faz o melhor pelo grupo, então temos que respeitar e dar a vida por ele. Temos grandes jogadores que se cobram e resolvem tudo no vestiário, mas precisamos começar a matar os jogos - alertou, antes de prosseguir sobre os torcedores:

- Foi estranho ver uma parte vaiar e outra apoiar. Elas precisam chegar a um encontro: ou torcer, ou xingar. E é muito melhor apoiar neste momento. É disso que precisamos. Vai ser melhor para sair dessa. Ela tem o direito de cobrar, de vaiar e xingar quem eles quiserem. Mas quanto mais apoiarem é melhor. E em uma situação ruim, delicada, você precisa de um torcedor que ajude, e não critique - ponderou.

A entrevista de aproximadamente 30 minutos ainda foi recheada por críticas à possibilidade de Rafael Toloi ser vendido à Atalanta (ITA) e também à dificuldade dos jogadores, dirigentes e jornalistas entenderem que os métodos de Juan Carlos Osorio, que pode aceitar uma proposta da seleção do México, precisam de tempo para serem implantados.

Outra novidade da manhã desta sexta-feira no clube também ficou por conta da lesão detectada no joelho de Luis Fabiano. O centroavante saiu machucado na derrota para o Ceará e foi submetido nesta sexta a exames, que confirmaram um estiramento no ligamento colateral medial. O prazo de recuperação é de três semanas a um mês.

Confira outras respostas de Alexandre Pato nesta sexta-feira:

Como encarar as críticas da torcida?
Se você ouve as críticas, tem que tentar crescer em cima delas. Se você s deixa abater, é mais difícil de se reerguer. Temos que nos reerguer, esquecer o que aconteceu e trabalhar para melhorar. Só a gente pode mudar isso com trabalho e vitórias, ainda mais dentro de casa.

Osorio está com dificuldades em fazer os atletas entenderem suas filosofias?
Qualquer treinador e jogador eu vou proteger, porque passam a maioria do tempo comigo. Não é culpa de ninguém. Estamos pecando em alguns momentos e os rivais fazem os gols. Ele veio com o modo de jogar e eu penso que deva insistir, porque sonha em construir algo novo. Tem o grupo na mão e sabe que estamos focados. Ele é muito inteligente, muito bom... Perder alguém como ele seria uma besteira e uma tragédia, como no caso do Toloi.

Mesmo o rodízio será compreendido?
Não é só o jogador entender, é a imprensa também. No Milan também fazíamos um rodízio, porque tinha Copa Itália e jogavam outros atletas. Todos precisam entender isso. O brasileiro vê isso como algo novo, diferente, e é preciso ter muita confiança no treinador. Todos se sentem úteis, focados para jogar. Isso vai valer lá na frente, em outubro, novembro, quando alguns times estarão cansados e não conseguirão chegar.

O desmanche (sete jogadores negociados) tem atrapalhado?
Estamos perdendo jogadores e seria uma tragédia perder um jogador como o Toloi. O tipo de treino do Osorio é europeu e o São Paulo só tem a ganhar. Se torcida e diretoria derem confiança, teremos grandes coisas.

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