Murray culpa distração com problemas de Djokovic por queda em final


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Uma final parelha, tensa e com chances de vencer os três primeiros sets. Eis que Andy Murray, sexto do mundo, acabou perdendo nove games seguidos, 12 em 13 disputados, e caiu na final do Aberto da Austrália diante de Novak Djokovic por 7/6 (7/5) 6/7 (7/4) 6/3 6/0.


Murray afirmou, em coletiva de imprensa, que se distraiu com os problemas do número 1 que caiu em quadra e parecia sentir cãibras ao início do terceiro set. Ele abriu 2/0 e depois do 3/3 não foi mais o mesmo.

"Tive oportunidades nos três primeiros sets. No quarto preciso olhar o VT pra ver se joguei mal. Ele estava soltando a pancada em todas. As devoluções ele batia da linha de base o tempo todo. Quando pegou uma quebra, ficou mais solto e estava indo pros golpes. O terceiro set foi frustrante pois me distraí quando ele caiu na quadra depois de alguns golpes. Parecia que ele estava com cãibras e deixei que isso me distraísse. Isso é o que mais me desapontou. O terceiro set foi o mais frustrante pra mim."

Murray foi questionado mais de uma vez sobre o físico de Djokovic e se surpreendeu com o ritmo do sérvio após os problemas em quadra: "Não acho (que ele arriscava tudo porque não aguentaria um 5º set). Ele estava se mexendo de forma inacreditável no fim do terceiro set, deslizando e chegando em todas. Se ele errasse algumas eu poderia ter voltado um pouco, mas tudo ia dentro. Ele estava indo pros golpes."

Murray evitou emitir uma opinião concreta se Djokovic realmente estaria fingindo em seus problemas físicos, só disse que não seria legítimo caso o sérvio estivesse fazendo isso: "Não seria legítimo. Não tenho ideia que problema foi. Obviamente ele ficou de uma forma ruim no início do terceiro set e voltou de forma incrível no fim. A maneira como se mexeu e bateu na bola no quarto foi impressionante. Espero que não tenha sido deliberado. Se foi uma cãibra é difícil se recuperar assim e jogar como fez no fim. Fico frustrado comigo por ter deixado isso entrar em mim. Eu caí por 10, 15 minutos e ele voltou. Nunca passei por isso numa final de Slam. Talvez a ocasião levasse a isso, não sei."

Murray pontuou que a queda de rendimento em nada teve a ver com a parte física e lembrou a final do US Open em 2012 onde venceu Djokovic em cinco parciais: "Não perdi o jogo no físico. Sei o quanto me sinto agora o quanto me sentia na final do US Open (em 2012 que venceu em cinco sets) . Estava melhor que aquele jogo em Nova York e isso foi uma melhoria. Sinto que joguei meu melhor tênis que antes nos três primeiros sets e fico feliz que não foi algo físico".

O escocês de Dunblane tirou uma lição da derrota neste domingo: "A lição é que preciso me concentrar no meu. É básico. É bem difícil você não se preocupar com o que ocorre do outro lado, mas tenho experiência para isso e poderia ter feito melhor".

Para o britânico, a campanha em Londres saiu muito positiva após um 2014 com poucos bons resultados: "Foram duas semanas ótimas em comparação com os últimos meses. Joguei bem melhor em todas as partes do meu jogo. Me mexi melhor, fisicamente melhor, mais confiante com mais crença. Mais calmo. Mentalmente me senti mais forte do que o final do ano passado. Tiro muita coisa positiva daqui. Não tenho nada negativo daqui por ter alcançado uma final de Slam, não é uma desgraça perder para ele."

Ele novamente elogiou o trabalho com a francesa Amelie Mauresmo com a qual não ficará junto em fevereiro por compromissos dela:"Me sinto um jogador diferente em quadra. Muito veio do meu time me motivando após a temporada ruim ano passado, trabalhando nas coisas certas".

Murray espera tirar uns dias de folga e vai procurar uma nova pessoa para ajudá-lo nos treinos este mês.

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