Mark Webber recomeça sua carreira no Mundial de Endurance, a WEC

Uberlândia e Sorocabana NBB (Foto: Carolina Bertolli / Divulgação LSB)
Uberlândia e Sorocabana NBB (Foto: Carolina Bertolli / Divulgação LSB)

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Feliz e leve, como há muito tempo não se via, o australiano Mark Webber deixou para trás os tempos dos árduos duelos com Sebastian Vettel na Fórmula 1, embarcando em uma nova fase de sua carreira: a disputa do Mundial de Endurance (WEC).

Para aguentar o ritmo das longas provas, que podem chegar à 24 horas de duração, o piloto se mantém em forma e, após uma sessão de treinos livres para as 6 horas de São Paulo, em Interlagos, falou com exclusividade ao LANCE!, dizendo-se feliz com a nova fase.

– Está indo bem. É uma mudança positiva desde a Fórmula 1, estou gostando muito. É bom ter um pouco mais de equilibrio, nao correr toda a semana, e vem sendo bom para mim, pessoalmente e
profissionalmente – comentou.

Sem sentir falta da Fórmula 1, resposta com foi dada com um breve aceno de cabeça, o piloto não sente o desgaste de provas como a que será disputada amanhã.

– O cansaço é mais mental. Fisicamente é mais fácil que a F-1. Digo, a F-1 se tornou ainda mais fácil do que no último ano porque a aderência aumentou. Claro, tento me manter em forma ainda – disse.

Nesta temporada, correndo com a Porsche, o piloto já conquistou três terceiros lugares, nas 6 Horas de Silverstone (ING), Fuji (JAP) e do Bahrein. Ambicioso, o australiano espera muito mais para 2015.

– A Porsche está orgulhosa do primeiro ano na categoria. Esperamos vencer a Le Mans em 2015, e pressionar por bons resultados. O time é jovem e tem muita paixão. Isso é muito importante – finalizou

Aos 38 anos de idade, Mark Webber mostra que é possível recomeçar no automobilismo, hoje destinado em tanta proporção aos jovens. Sorrindo como nos tempos de Red Bull, o australiano desafia o tempo, dentro e fora das pistas.

BATE-BOLA  Mark Webber Piloto da Porsche ao LANCE!

1 - Como faz para superar o cansaço das longas provas?
Não é tão cansativo quanto uma temporada completa da Fórmula 1. Especialmente por conta das viagens. Quando comecei a correr na Fórmula 1, tínhamos várias corridas na Europa e, quando eu parei, não corríamos lá, mas em todos os lugares do mundo.

2 - Temos vários pilotos experientes na WEC, como vê isso?
O esporte em si está se tornando cada vez mais jovem. O Marc Márquez na MotoGP, os jovens na F-1, de 17 anos chegando, sentando e já correndo. Meninos já podem dirigir. Essa é a nova geração. O que não acontecia nos anos 70, 80 e 90. Mas para mim está bom, não me preocupa. Tive uma ótima carreira, ainda estou gostando dela e talvez no futuro comecem a dirigir nas ruas com 12 anos (risos).

3 - Como é dividir a pista com o Emerson Fittipaldi?
Não acho que o Emerson está em uma idade normal para essa corrida, mas claro, é um grande exemplo, dirigir nessa idade, perto dos 70. Um grande esforço para ele correr em casa. Gosto de vê-lo, falar com ele, apertar sua mão e, claro, tenho grande admiração por ele. Ele estar na corrida não muda muito para mim. Claro, ele é meu herói, mas divido a pista com outros ótimos caras, então não muda o sentimento. Falar com ele e estar com ele é um grande negócio para mim.

4 - Pensa em parar de correr?
Não, na verdade não. Esse é meu capítulo atual, estou curtindo isso. Quem sabe possamos ter mais do grid da F-1 comigo, o que será muito bom.

5 - Teremos mais pilotos da F-1?
Claro, esse é o plano, o campeonato é bom. Espero que no próximo ano possamos ter mais gente correndo. 

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