Maior driblador entre os grandes do Rio, Daniel ainda não fez gols

Esportivo contra o racismo (Foto: Divulgação/ Esportivo-RS)
Esportivo contra o racismo (Foto: Divulgação/ Esportivo-RS)

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Nas partidas do Campeonato Carioca, o jovem Daniel normalmente ostenta a mítica camisa 7 alvinegra. E, talvez impulsionado pelo espírito de Garrincha – maior expoente da camisa, que também foi vestida por Jairzinho, Mauricio e Túlio –, ele é o maior driblador da atual edição do Estadual (entre os jogadores dos quatro grandes), com 37 dribles certos.

Mas, apesar do alto número, ele segue zerado em um fundamento crucial do futebol: o gol. Daniel ainda não conseguiu balançar as redes profissionalmente pelo Glorioso e tem no clássico deste domingo, contra o Flamengo, às 18h30, no Maracanã, uma grande chance de quebrar esse jejum e se firmar de vez.

– Estou muito feliz com tudo isso que está acontecendo. Agradeço muito o carinho que a torcida e que todos dentro do Botafogo têm por mim. É um momento muito bom e espero dar continuidade a isso – afirmou o jogador, ao LANCE!Net.

Os números de Daniel no Carioca são tão significativos que a distância para Darío Conca, do Fluminense e vice-líder no quesito drible, com 22, é considerável. Ainda mais que o argentino fez 12 jogos na competição – todos como titular –, três a mais que a joia alvinegra.

Na média geral, Daniel também tem boa folga. São 4,1 dribles por partida, enquanto o vice-líder, o lateral Wellington Silva, também do Tricolor, tem uma média de três dribles certos por partida.

Integrado definitivamente aos profissionais no início desta temporada, Daniel recebe conselhos dos mais experientes do elenco. E o meia revelou o que eles passam para ele neste início de carreira:

– Eles me dizem para que não me intimide nas partidas e continue partindo para cima dos adversários, do jeito que sei fazer.

Estes conselhos estão sendo bem assimilados. Agora resta fazer o primeiro gol da carreira.

Eficácia também na marcação

Além de ostentar o posto de maior driblador do Campeonato Carioca, Daniel também vem se destacando em um quesito incomum para jogadores do setor ofensivo. Ele é o segundo apoiador que mais rouba bolas dentre os clubes grandes no Estadual, com 19 desarmes certos.

Na frente do alvinegro, apenas o argentino Darío Conca – curiosamente, o vice-líder em dribles –, com 20 desarmes certos.

Contando apenas os jogadores do Botafogo, Daniel aparece na terceira colocação, com um desarme a menos que Rodrigo Souto e Dankler, os líderes, com 20 também. Na colocação geral, o maior ladrão de bolas é o volante Diguinho, do Fluminense, com 42 desarmes certos.

Medo de repetição do 'caso Vitinho'

A renovação de contrato de Daniel, em janeiro deste ano, deve-se muito pelo receio da diretoria do Botafogo em ver uma revelação ir embora por um valor menor do que vale, a exemplo do que ocorreu com o meia-atacante Vitinho, em agosto do ano passado.

Na ocasião, os dirigentes alvinegros não tiveram sucesso em aumentar a multa rescisória do atleta. Sendo assim, o CSKA (RUS) depositou o valor de 10 milhões de euros (cerca de R$ 31 milhões na época) e o Glorioso nada pôde fazer para evitar que a revelação fosse para o Leste Europeu. Agora, a multa de Daniel é de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 65 milhões) para clubes estrangeiros e de R$ 55 milhões para equipes do Brasil.

Além disso, os jogadores têm outra ligação na carreira, já que Daniel herdou a camisa 31 de Vitinho no Brasileiro. E neste domingo, contra o Flamengo, outra coincidência pode entrar na lista já que o primeiro gol de Vitinho como profissional foi contra o Rubro-Negro.

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