LANCE! Opina: Avanti, Nobre!

Fluminense perde para o Horizonte, no Ceará (Foto: Kid Junior/Photocamera)
Fluminense perde para o Horizonte, no Ceará (Foto: Kid Junior/Photocamera)

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"Quem terá atacado a sede do programa de sócio-torcedor do Palmeiras na manhã desta quinta-feira em São Paulo? Pais desesperados por conseguir um ingresso para levar o filho à Vila Belmiro? Torcedores cadastrados que resolveram se rebelar contra as normas do programa que limita a compra de ingressos por carteirinha? Ou a máfia das organizadas que, pela primeira vez, vê seu poder de manipular e beneficiar-se da venda de ingressos realmente ameaçado?

É fácil responder a essa pergunta. Antes mesmo que apareçam as provas contra os vândalos uniformizados, ninguém tem dúvida do que está por trás do ataque.

A diretoria do Palmeiras merece todo o apoio. Os programas de sócios-torcedores, apoiados por empresas privadas e que oferecem hoje além de desconto nos ingressos uma série de benefícios na compra de todo tipo de produto, começam a mostrar-se um eficaz instrumento de contraposição às facções que dominam os estádios. De organização, moralização do futebol brasileiro. O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, talvez tenha sido o primeiro a perceber isso. E o fez de forma corajosa, excluindo por completo do processo facções como a Mancha Alviverde e a TUP, e priorizando a venda aos participantes do programa por participação, de acordo com sua assiduidade aos jogos.

Ao menos no Palmeiras, quem começa a ter vez é quem realmente tem de ter, o torcedor verdadeiro, aquele que torce, incentiva o time, aplaude, sim, e vaia quando acha que tem de vaiar. A violência de hoje mostra como estão acuados os que usam o clube em benefício próprio, os que se sustentavam do câmbio negro dos ingressos, das benesses de dirigentes acovardados e da força de paus, pedras e violência.

Aos vândalos, aos criminosos, o que deve se impor é a força da lei, é um trabalho eficiente de investigação, de comprovação da responsabilidade individual de cada um. Só assim esses elemntos serão tirados não dos estádios, mas das ruas. Do convívio esportivo e do convívio em sociedade.

Já a imensa maioria formada por gente e torcedores do bem precisa entender a sua força. Precisa compreender que mais vale colaborar com o clube de forma positiva do que pagar mensalidade a essa corja de interesseiros que apenas exploram – sem nenhum paixão verdadeira – o nome e os símbolos do Palmeiras.

Uma pequena-grande revolução pode estar começando.
Avanti, Nobre!"


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