James Rodríguez abandona gagueira e suador para encarar microfones e beques

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O jovem chega sorridente à sala de imprensa montada no CT do São Paulo em Cotia, casa da seleção colombiana durante a Copa. Cumprimenta os jornalistas e responde a todos com simpatia e tranquilidade. Gagueja apenas uma vez, não por nervosismo, mas por fazer questão de responder a um brasileiro em português. Foi o primeiro jogador de sua seleção a encarar os microfones no Brasil. E ainda não era o craque deste Mundial, que nem havia começado...

Bem diferente do garoto que dava seus primeiros chutes no Banfield (ARG) quando virou motivo de piada por "enguiçar" logo na primeira palavra ao participar de um programa de TV. O mesmo que, já no Porto (POR), transpirava e gaguejava na hora de dar entrevistas. "El Niño Maravilla", agora jogador do Monaco (FRA) e observado com atenção por gigantes como o Real Madrid (ESP), onde sonha jogar, aprendeu a lidar com câmeras e microfones com a mesma velocidade com que entrou para o hall dos jogadores mais valiosos do planeta.

Esperança dos cafeteros para as quartas de final contra o Brasil, na sexta, James nasceu em 12 de julho de 1991. No dia seguinte, a Colômbia vencia os verde-amarelos pela última vez: 2 a 0, pela Copa América.


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Aos 22 anos - faz aniversário na véspera da final da Copa -, o craque já é pai da pequena Salome, que completou um ano em maio, e está casado desde 2011 com Daniela, irmã do goleiro Ospina, colega na seleção.

E não foi só o casamento precoce que o obrigou a amadurecer. James é filho de Wilson Rodríguez, que chegou a jogar nas seleções de base da Colômbia. Mas o pai saiu de casa e a mãe o criou com o padrasto.

Aos 14 anos, o pequeno camisa 10 fez dois gols olímpicos em um jogo de campeonato infantil e passou a jogar profissionalmente pelo Envingado, clube colombiano que opera para vender atletas. Um DVD bem editado o levou ao Banfield, de onde saltou ao Porto – foi companheiro e é amigo de Hulk - e para o Monaco.

A convivência com Falcao García, que lhe tomaria boa parte dos holofotes na seleção se não estivesse machucado, também foi fundamental. Os dois tornaram-se tão amigos em Portugal que James acostumou-se a passar as folgas na Espanha depois que o colega transferiu-se para o Atlético de Madri - agora são colegas de clube outra vez na França.

Artilheiro e protagonista do Mundial, James já entrou para a história da Colômbia, que nunca havia ido tão longe. Até onde pode ir?

A carreira do craque:

Infância
Nascido em Cúcuta e criado em Ibagué pela mãe e o padrasto, James sempre foi ligado ao futebol e gostou de vestir a camisa 10. Passou por diversas escolinhas e times de base, mas a primeira oportunidade profissional foi no Envigado, clube que ajudou a subir para a primeira divisão nacional e pelo qual estreou com 14 anos.

Trajetória
Em 2008, o Banfield (ARG) o contratou. Teve grandes atuações pelo clube e, um ano depois, atraiu o interesse da Udinese (ITA). Contudo, só deixou a Argentina em 2010, contratado pelo Porto (POR) por 5,1 milhões de euros. Foi tricampeão português, venceu a Liga Europa e outras taças. Ano passado, o Monaco pagou a sua multa rescisória, de cerca de R$ 140 milhões, e o contratou.

Apelidos
Depois de uma grande atuação pelo Banfield, foi chamado pelo diário argentino "Olé" de James Bond. Contudo, no país e também em Portugal era tratado como "El Bandido", por roubar bolas no ataque e rapidamente chegar ao gol.

Na telinha
Quando pequeno, James era fã do desenho japonês Supercampeões, que retratava a vida de jogadores de futebol.

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