Finais da Superliga não terão desafio eletrônico como ano passado


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Anunciado no ano passado com pompa pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) como um antídoto para os lances duvidosos, o desafio eletrônico não será utilizado pela entidade nas finais da Superliga Masculina e Feminina desta temporada, diferentemente do que aconteceu em 2013.

Apesar da aprovação quase que unânime de técnicos e jogadores, a decisão de abolir a tecnologia foi tomada pois a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) ainda não reconheceu oficialmente nenhum sistema, segundo informou a CBV.

Nas decisões do ano passado, foi utilizada uma tecnologia polonesa. Eram 15 câmeras espalhadas pelo ginásio que transmitiam a imagem diretamente a computadores localizados ao lado da quadra. Um terceiro árbitro conferia os lances duvidosos e indicava o resultado para o juiz de cadeira. Cada equipe podia pedir dois desafios por set.

– No ano passado, testamos o sistema da Polônia e este ano será testado um sistema da Itália no Grand Prix e na Liga Mundial, inclusive nos jogos no Brasil. Por outro lado, as empresas brasileiras ainda estão trabalhando nesta tecnologia. Vamos esperar a indicação da FIVB para decidir qual sistema adotar na Superliga – afirmou Renato D‘Avila, diretor de competições Quadra da Confederação Brasileira, ao L! .

Os custos para a implantação do recurso tecnológico, entretanto, são mantidos em sigilo pela CBV.

O fim do uso do recurso tecnológico – que apontava se a bola foi dentrou ou fora, toques na rede, ataque na antena ou pisadas na linha na hora do saque – não foi bem recebido por atletas que participaram da final masculina no ano passado e estarão na quadra do Mineirinho no domingo para o duelo entre Sada Cruzeiro e Sesi-SP.

– Sem dúvida nenhuma, era melhor que seguisse o sistema. Fui até pego de surpresa com esta notícia que você me deu. Trabalhamos seis meses para fazer uma final em jogo único e um erro (de arbitragem) pode fazer a diferença. É uma pena que não tenha – disse o central cruzeirense Douglas Cordeiro, que em 2013 esteve em quadra na derrota do time mineiro para o RJX no Maracanãzinho.

– (O desafio) faz uma diferença muito grande, pois ele é 100% correto. Os sets estão mais curtos (antes eram 25 pontos, agora são 21), e qualquer erro pode gerar um prejuízo muito grande – afirmou Lucão, central do Sesi e ex-jogador do RJX.

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