Dirigente da CBV pede que atletas busquem soluções pacíficas para atrasos

Edilson - Treino do Botafogo (Foto: Alexandre Loureiro/ LANCE!Press)
Edilson - Treino do Botafogo (Foto: Alexandre Loureiro/ LANCE!Press)

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À exemplo do futebol, o vôlei também convive com problemas, como salários atrasados em algumas equipes, e pode aderir a manifestações para conseguir uma solução. O presidente da Comissão de Atletas, Gustavo Endres, confirmou que há a possibilidade da criação de uma espécie de Bom Senso F.C. do vôlei.

Ciente da situação, o superintende da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Renato D'Ávila, comentou o assunto. Segundo o dirigente, o regulamento da CBV não prevê punições para este tipo de manifestação, mas pediu que os atletas busquem outros meios para solucionar os problemas.

- O regulamento proíbe manifestações políticas e religiosas, mas não prevê punição para este tipo de manifestação. Mas acho que os atletas devem buscar outro caminho de solução, A Superliga tem uma comissão de atletas e até agora esta não se manifestou oficialmente propondo alguma solução para o problema. Este é o melhor caminho. Trabalhar junto na tentativa de resolver a questão - posicionou-se Renato, ao L!Net, por e-mail.

O regulamento da Superliga (disponível no site da CBV), de fato, não prevê nenhum tipo de punição em caso de protestos. No artigo 45º, o documento alerta que os atletas precisam "manifestar opiniões de modo responsável, equilibrado e coerente com os princípios e interesses do clube que representar e das entidades esportivas às quais se vincula e abster-se de críticas públicas e comentários desairosos sobre incidentes de jogo, a fim de macular a imagem de qualquer atleta, competidor, árbitro, dirigente ou técnico".

A situação mais preocupante envolve o atual campeão da Superliga Masculina, o RJ Vôlei. A equipe carioca perdeu, de uma hora para a outra, o patrocínio master da empresa OGX, do empresário Eike Batista, o que resultou em um atraso de salário aos atletas.

Renato D'Ávila lamentou o ocorrido, mas lembrou que a CBV fez a sua parte no início da temporada 2013/2014:

- Quando a temporada começou, os clubes deram todas as garantias exigidas pela CBV para participar da competição. Buscamos equipes sólidas e quem poderia imaginar, há um ano atrás, que uma equipe como o RJX, por exemplo, iria passar por esta situação. Mas lamentavelmente problemas acontecem. Patrocínios são retirados, acordos não são cumpridos e atletas, comissão técnica, times e a competição são prejudicados. Estamos buscando uma solução.

Em meio aos probelmas, o RJ Vôlei volta às quadras neste sábado, às 21h30, quando enfrenta o Sesi-SP, no ginásio do Tijuca Tênis Clube. Na última quarta-feira o time carioca perdeu pela primeira vez na Superliga, para o Vivo/Minas.

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