Depois de brazucas, Portugal aposta em franceses e jovens de ex-colônias


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Dois dos grandes destaques da atual temporada do Campeonato Francês nasceram no país, mas têm algo em comum: Lopes e Guerreiro defendem a seleção portuguesa. A dupla forma parte de uma nova legião estrangeira da equipe das Quinas, conhecida há alguns anos por contar com brasileiros, como Deco, Pepe e Liedson. Há ainda um venezuelano, um brazuca, e algumas promessas das ex-colônias, o que é até uma tradição, como opções para o técnico Fernando Santos.

O goleiro tem nome francês, mas sobrenome bem português: Anthony Lopes. Com raízes lusitanas, nasceu em Givors, e pela proximidade, foi tentar a sorte no Lyon. Em 2011 passou ao time principal, e depois da saída de Lloris para o Tottenham ganhou mais chances.

Hoje é o titular absoluto do líder do Campeonato Francês e foi destaque no empate do último fim de semana contra o Paris Saint-Germain. Ibrahimovic e Cavani sofreram, e o único gol foi do sueco em cobrança de pênalti. Ainda assim, apenas depois de o árbitro mandar voltar. Defende Portugal desde 2009, quando foi chamado para a sub-19, e já é sombra para Rui Patrício.

O lateral-esquerdo Raphaël Guerreiro também tem raízes da Terrinha, mas mal sabe falar português. Profissionalizou-se em 2012 pelo Caen, e no ano seguinte foi para o Lorient. Com apenas 21 anos já é destaque do time e clubes grandes, como o Arsenal, já sondaram o jogador. Começou a chamar a atenção internacionalmente no amistoso entre Portugal e Argentina no Old Trafford. Com Cristiano Ronaldo e Messi apagados, fez o gol da vitória da seleção no fim.

Mas nem só de franceses vive a seleção, além dos portugueses, claro. Poucos sabem, mas o atacante Danny não nasceu por lá. Na verdade, o jogador do Zenit é de Caracas. Há uma forte colônia lusa na Venezuela, e os pais dele estavam nessa. Ainda jovem foi para a Ilha da Madeira, terra de Cristiano Ronaldo, e enfim surgiu para o futebol.

E claro, há espaço para um brazuca. Marcos Lopes, que leva o apelido de Rony, nasceu em Belém (PA). Filho de pai brasileiro e mãe angolana, foi para Portugal com apenas quatro anos e tem as três nacionalidades. Hoje com 19 anos, chegou em 2006 às categorias de base do Benfica, e em 2011 transferiu-se para o Manchester City, aonde se profissionalizou. Esteve nas seleções lusas desde a sub-17 e, agora emprestado ao Lille, é uma das principais esperanças para o futuro português.

Além de contar com Rony como um representante das ex-colônias de Portugal, alguns jovens nascidos em "países-irmãos" da África também despontam. Aliás, Eusébio era um. O volante William Carvalho, de 22 anos nascido em Luanda, capital de Angola, já é uma realidade no Sporting e em breve deve se transferir para o futebol inglês.

Dois atacantes da Guiné-Bissau também se destacam. Joia do Sporting, Bruma está agora com 19 anos e joga pelo Galatasaray, e só não foi à Copa do Mundo por causa de uma lesão. Também guineense, o também jovem Zé Turbo, 18, acabou de ser contratado pela Internazionale. Do mesmo país vem Éder, do Braga. Mas já está com 27 anos.

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