Delair Dumbrosck quer votação de novo estatuto em outubro para promulgá-lo em aniversário do Fla


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O presidente do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck, quer dar ao Flamengo, em 15 de novembro, dia da comemoração do aniversário do clube, um presente especial. Nesta data, o mandatário pretende promulgar o novo estatuto rubro-negro, que tem votação prevista para o mês de outubro e que conta com três propostas já protocoladas: Conte comigo, Flamengo, representando a situação, e Fênix e Pedra Rubi, como representantes da ala de oposição.

Delair Dumbrosck estabeleceu neste mês o cronograma que deverá ser seguido pelo Deliberativo até a votação em outubro. Nos meses de abril, maio e junho, acontecerão reuniões para apresentação das propostas aos conselheiros, sendo um grupo em cada mês. Nos três meses seguintes (julho, agosto e setembro), reuniões da Comissão Permanente de Estatuto com os grupos irão definir como a votação acontecerá, como por exemplo, a aprovação de capítulos inteiros ou com separação de artigos.

O atual estatuto do Flamengo entrou em vigor em 1992 e, hoje em dia, mostra defasagem em alguns pontos. Por isto, grupos políticos do Rubro-Negro tiveram a ideia de elaborar reformas estatutárias, mas acabaram não chegando ao ponto da votação por insuficiência de apoio interno. O panorama mudou no ano passado quando a situação criou o seu projeto, que está em fim de fase de emenda. Isto levou os projetos da oposição saírem da gaveta, seguindo assim com o regime burocrático do Deliberativo.

Vale lembrar que os grupos de oposição que elaboraram as propostas Fênix e Pedra Rubi haviam decidido unificar os textos para concorrer de frente com o Conte comigo, Flamengo. Entretanto, a situação acabou alegando que isso não poderia acontecer pelo fato de serem protocolos antigos, o que foi acatado por Dumbrosck. Com isto, a unificação acabou sendo cancelada, mas a tendência é que o Fênix seja retirado de pauta no dia da votação, com todo o grupo migrando o voto para o Pedra Rubi.

ENTENDA O CASO:

PROPOSTAS DE REFORMA ESTATURÁRIA DO FLAMENGO PROTOCOLADAS:


Conte comigo, Flamengo
Proposta da situação. Mantém cargos de presidente e vice-geral. Vices de pastas são extintos, dando lugar a diretores executivos, que serão subordinados a um executivo-geral. Propõe a abertura política. Cria ainda uma comissão que estudará punições a descumprimentos estatutários.

Pedra Rubi
Proposta da oposição, organizado por Leonardo Ribeiro. A hierarquização de poder permanece, assim como todas as categorias de sócios. Apenas mudanças pontuais são feitas, como por exemplo, uma cortesia perpétua nos jogos com mando de campo do Flamengo aos titulares do sócio proprietário.

Fênix
Proposta da oposição, organizado por Francisco Gularte. Tem princípios semelhantes ao texto de reforma Pedra Rubi, o qual sofreria unificação. Por conta da proibição, a tendência é que a proposta fique em pauta até outubro, sendo retirado momentos antes da votação para concentrar os votos.

CRONOGRAMA INICIAL DA REFORMA:

Abril
Mês de apresentação aos conselheiros  dos pontos positivos do projeto Pedra Rubi, defendido pelos organizadores.

Maio
Mês de apresentação aos conselheiros dos pontos positivos do projeto Fênix, defendido por seus organizadores.

Junho
Mês de apresentação aos conselheiros dos pontos positivos do projeto Conte comigo, Flamengo, defendido pelos idealizadores.

Julho/agosto/setembro
Meses para a realização de reuniões da Comissão Permanente de Estatuto do Flamengo com os grupos para definir como a votação acontecerá, como por exemplo, a aprovação de capítulos inteiros ou com separação de artigos.

Outubro
Mês de votação da reforma estatutária em plenário do Conselho Deliberativo, de acordo com regras estabelecidas.

Novembro
Mês de promulgação do texto de reforma vencedor. A ideia inicial do presidente do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck, é usar a data do aniversário do Flamengo como plano de fundo para colocar em vigor.


VALE LEMBRAR

Sem presidente e vice
O texto inicial da proposta de reforma estatuária da situação extinguia os cargos de presidente e vice, criando um grupo de sete executivos que comandaria o Flamengo. Além disso, mudava o quadro de associados. Após repercussão negativa, modificaram o texto para a sua versão final.

Unificação desfeita
A oposição dos grupos Fênix e Pedra Rubi havia decidido unificar os textos de suas propostas, mas a ideia acabou não sendo levada à frente por questão política. Os textos irão até a data de votação em separado, mas a tendência é a de que o Fênix seja retirado no dia da votação para os votos se concentrarem no Pedra Rubi.


IMBRÓGLIO NO 'ACIMA DE TUDO RUBRO-NEGRO'

A proposta de reforma estatutária “Acima de tudo, rubro-negro“, liderado pelo grupo político de Lysias Itapicurú e Haroldo Couto, ainda não foi protocolizada no Conselho Deliberativo do Flamengo. A ideia inicial dos integrantes era de ter feito isto no início de fevereiro, mas obstáculos impediram esta realização. O grupo pretende, agora, fazer a protocolização da proposta até o próximo dia 13.

Vale lembrar que esta demora pode fazer que a proposta não entre no processo de reforma deste ano, cujo cronograma inicial já foi até elaborado por Delair Dumbrosck, presidente do Deliberativo. Isto porque, há um período de emenda previsto no regimento atual, impossibilitando assim que haja tempo hábil de encaixe.

O texto desta proposta visa pegar os pontos considerados positivos pelos organizadores das ideias colocadas pelo Conte comigo, Flamengo, Fênix e Pedra Rubi. Além disso, visam enquadrar o estatuto do clube em projetos incentivados.


BRAGA E SOBRINHO QUEREM CONSTITUINTE

O grupo político de Marcio Braga e José Maria Sobrinho, conhecido no Flamengo como “centrão”, está propondo que uma constituinte seja realizada no caso da reforma estatutária do clube. Nos bastidores, esta ala tem ligação com a situação, mas não deseja que a proposta Conte comigo, Flamengo, seja aprovada.

Em carta, Sobrinho alega que o panorama atual fará que muitos debates sejam feitos e, com as normas de tramitação do regimento interno do Conselho Deliberativo como obstáculo, a reforma seja impossibilitada de ser realizada ainda nesta gestão – 2015 é ano eleitoral e mudanças de estatuto nesses períodos não são permitidas.

No texto, Sobrinho ainda diz que “a constituinte é um processo mais democrático e exequível do que o atual, que, a cada dia, tem mais probabilidade de conflitos”.


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