Cristovão diz não ter mágoas com as críticas que sofre por substituições

Cristiano Ronaldo e Messi - Portugal x Argentina (Foto: Paul Ellis/AFP)
Cristiano Ronaldo e Messi - Portugal x Argentina (Foto: Paul Ellis/AFP)

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O técnico Cristovão Borges, ao ser criticado, costuma ouvir sobre susbtituições. A torcida tricolor reclama que o comandante demora para promover alterações e, algumas vezes, mexe errado na equipe. O treinador, porém, afirma não se importar com as críticas. Para ele, os comentários são naturais e o trabalho, no Brasil, é avaliado apenas em cima dos resultados obtidos.

- Isso não me magoa, não. É igual em qualquer profissão. No futebol existe a necessidade muito grande de se rotular. Já tentaram criar vários rótulos em relação a mim. Isso (demora em mexer no time) foi uma das coisas que se falaram muito e vejo assim com outros treinadores também. Aprendi com o tempo, com a experiência em lidar com a cultura do futebol brasileiro. As avaliações não são muito bem feitas ou são feitas em cima de resultado. Temos que trabalhar muito para que aconteça o resultado. Aí toda avaliação fica diferente. O que vale é o resultado, não o tipo de trabalho, o valor do que é feito. Se você tem bons resultados, então o trabalho foi positivo - disse Cristovão à Rádio Brasil.

Na curta carreira, o treinador já passou por pequenos impasses com alguns atletas, também por conta das substituições. Foi o que houve com Felipe, no Vasco da Gama, que ficava constantemente no banco de reservas. No Tricolor, já sacou Walter e Rafael Sobis de campo e a dupla não gostou. Em relação a isso, Cristovão também diz não ter problemas e revela como faz para manter o grupo unido.

- Jogador gosta da verdade. Da verdade falada cara a cara. Aprendi isso quando era atleta. Se você se porta dessa maneira, ganha respeito. E quando você mostra que é para o bem do time, não existe problema nenhum. O fato de eu ter sido jogador me dá um respaldo e uma habilidade que uso bastante para me trazer facilidade para me relacionar, em todos os sentidos - explicou.

Treinador desde 2011, quando assumiu o rival carioca após o problema de saúde de Ricardo Gomes, então técnico cruzmaltino, Cristovão chegou muito perto de, ainda naquela temporada, conquistar títulos. Acabou não conseguindo e, agora, sonha com a primeira conquista como treinador. É o que falta na carreira:

- De início, não dá para começar a casa pelo telhado. Quero ganhar títulos, ainda não ganhei como treinador. Quero sempre trabalhar e treinar um time que seja a essência do futebol brasileiro, uma equipe de alto nível de qualidade técnica. O fato de o Fluminense ter um grupo pequeno me dificultou, mas me deu a alegria de isso se tornar possível.

Neste ano, o Tricolor não possui mais chances de título. Com 57 pontos, em 7º lugar no Brasileirão, o Flu está 13 pontos atrás do líder Cruzeiro e restam apenas quatro rodadas para o fim da competição. Apesar disso, a equipe ainda possui um desafio: terminar a temporada na zona de classificação para a Libertadores de 2015. Essa seria a forma ideal de o treinador encerrar 2014 de maneira vitoriosa.

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